Estrutura é exemplo do risco de desabamento em edificações antigas de Natal. Maioria seria reprovada em inspeções
Sérgio Henrique Santos
sergiohenrique.rn@dabr.com.br
Sérgio Henrique Santos
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O caso mais crítico de falta de inspeção predial em Natal parece ser o Viaduto do Baldo, entre a Cidade Alta e o Alecrim, região central da capital. Por dia, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) estima que trafegam no trecho aproximadamente 5 mil veículos. Mesmo sendo um fluxo relativamente pequeno (comparado à ponte de Igapó, por exemplo, onde circulam 50 mil carros), é preciso atenção.
Construído no estilo caixão há 34 anos, o velho viaduto foi erguido em concreto protendido, onde cabos de proteção substituem armaduras de ferro. Por causa da ação do tempo e da falta de manutenção, o Viaduto do Baldo já cedeu dez centímetros, conforme constata o último laudo técnico feito no local, em 2009. Pior: sem manutenção, 98% de estruturas antigas como essas seriam reprovadas em uma vistoria predial, avalia especialista na área.
De acordo com o engenheiro civil que realizou o laudo, a pedido da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura(Semopi), o problema ocorre por causa das infiltrações. "Esse viaduto é um buraco oco por dentro, onde só há cabos. A armação tem corrosão, os cabos estão expostos. Estruturas assim não podem ter fissuras. Ao longo da laje percebemos a estrutura deformada. Há barrigas, desnível. Essa parte da estrutura já cedeu cerca de 10 centímetros. Como não há drenagem para fora, a água entra, se aloja, causando corrosão das estruturas. Isso faz peso no viaduto", constata Fábio Sérgio da Costa Pereira, engenheiro civil especializado em avaliações e perícias de engenharia. Quando a equipe do engenheiro fez um buraco para averiguar a situação, em 2009, água acumulada ao longo de anos jorrou no chão. "Pode acontecer um colapso da estrutura".
Embaixo do viaduto, ferros estão expostos, manchas pretas decorrentes de água de chuva se formam nas juntas de dilatação, há diferença entre os pilares e as paredes de apoio à estrutura. Algumas juntas de dilatação estão abertas. Entre elas, caberiam dois ou três dedos de um adulto. Alguns elastômeros, espécie de placas (ou calções entre a laje e o pilar), foram esmagados com esse excesso de peso por cima do viaduto. "Há muita água acumulada. Plantas nasceram ao longo de toda a estrutura e só existem plantas onde há água. Passando de carro, por cima, a gente percebe um desnível. O carro dá um pulo", relata o engenheiro.
![]() Construído há 34 anos, viaduto do Baldo recebe cerca de 5 mil carros. Desgate, infiltrações e peso trazem risco iminente. Fotos: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
De acordo com o engenheiro civil que realizou o laudo, a pedido da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura(Semopi), o problema ocorre por causa das infiltrações. "Esse viaduto é um buraco oco por dentro, onde só há cabos. A armação tem corrosão, os cabos estão expostos. Estruturas assim não podem ter fissuras. Ao longo da laje percebemos a estrutura deformada. Há barrigas, desnível. Essa parte da estrutura já cedeu cerca de 10 centímetros. Como não há drenagem para fora, a água entra, se aloja, causando corrosão das estruturas. Isso faz peso no viaduto", constata Fábio Sérgio da Costa Pereira, engenheiro civil especializado em avaliações e perícias de engenharia. Quando a equipe do engenheiro fez um buraco para averiguar a situação, em 2009, água acumulada ao longo de anos jorrou no chão. "Pode acontecer um colapso da estrutura".
Embaixo do viaduto, ferros estão expostos, manchas pretas decorrentes de água de chuva se formam nas juntas de dilatação, há diferença entre os pilares e as paredes de apoio à estrutura. Algumas juntas de dilatação estão abertas. Entre elas, caberiam dois ou três dedos de um adulto. Alguns elastômeros, espécie de placas (ou calções entre a laje e o pilar), foram esmagados com esse excesso de peso por cima do viaduto. "Há muita água acumulada. Plantas nasceram ao longo de toda a estrutura e só existem plantas onde há água. Passando de carro, por cima, a gente percebe um desnível. O carro dá um pulo", relata o engenheiro.
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