quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ministério da Saúde manda tirar do site vídeo com cena homossexual

Do G1, em Brasília

Vídeo seria veiculado em campanha para uso de preservativos no carnaval.
Segundo assessoria, cenas serão apresentadas só em ambientes fechados


Vídeo mostra cena de afeto entre homossexuais e foi retirado do site (Foto: Reprodução)


Vídeo mostra cena de afeto entre homossexuais
e foi retirado do site (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde determinou que o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais retirasse da internet na sexta-feira (3) um vídeo com cenas de um casal de homens trocando carinhos. O vídeo, que faz parte de uma campanha para o uso de preservativos no carnaval, ficou um dia no site do departamento, conforme a assessoria de imprensa.
O vídeo de 30 segundos mostra um casal gay abraço quando ambos percebem que estão sem preservativo. Uma fada aparece com uma camisinha e entrega ao casal. O slogan da campanha é: “Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha”.
De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, o vídeo não foi feito para circulação em TV aberta e nem em internet, mas especificamente para ser exibido em locais fechados e específicos para o público gay, como festas e boates.

“O vídeo não foi vetado, já estava no planejamento que ele iria para ambientes fechados. Acabou indo para o site do Departamento de AIDS por equívoco”, afirmou a assessoria.
Segundo a assessoria, o produto faz parte de um plano de comunicação amplo desenvolvido pelo Ministério da Saúde para a campanha contra a AIDS que antecede o carnaval. O plano conta com ações como distribuição de folders e camisinhas, divulgação em redes sociais e exibição de vídeos institucionais na internet e na televisão. Conforme o ministério, o vídeo que será veiculado em TV aberta ainda não foi lançado.


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Do G1, em São Paulo

55% das pessoas são contra união estável gay, diz pesquisa do Ibope

Levantamento aponta que 63% dos homens são contra decisão do STF.
Entre as mulheres, 80% não se afastariam dos amigos homossexuais


 
 
Manifestantes fazem abraço simbólico no prédio do STF (Foto: Nelson Jr. / STF)
Manifestantes fazem abraço simbólico no prédio do
STF (Foto: Nelson Jr. / STF)
Mais da metade da população brasileira é contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a união estável para casais do mesmo sexo, de acordo com pesquisa nacional do Ibope, realizada entre os dias 14 e 18 de julho. De acordo com o levantamento, 55% dos brasileiros são contrários à decisão e 45% são favoráveis.
O instituto informou ter feito 2.002 entrevistas domiciliares em 142 municípios do país, ouvindo pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Segundo o Ibope, as mulheres são as que menos se incomodam com o tema, seguidas dos mais jovens, dos mais escolarizados e das classes mais altas. A população do Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país é a que mais apresenta resistência sobre o assunto, 60% são contrários à decisão do STF. No Sudeste, o índice cai para 51%.
Os dados apresentados pela pesquisa mostram que o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu cotidiano, como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais. Mas a população ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como a união estável ou o direto à adoção de crianças.
O levantamento também aponta que 63% dos homens são contra a decisão do STF, enquanto apenas 48% das mulheres são da mesma opinião. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis. Já os maiores de 50 anos são majoritariamente contrários (73%). Entre as pessoas com formação até a quarta série do ensino fundamental, 68% são contrários. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida.
Sobre a aprovação à adoção de crianças por casais do mesmo sexo, os resultados seguem a mesma tendência, segundo o instituto. A pesquisa aponta que 55% dos brasileiros se declaram contrários. Entre os homens, o indicador é mais alto, com 62% de opositores. O mesmo ocorre entre as pessoas com mais de 50 anos (70%). Entre os brasileiros com escolaridade até a quarta série do ensino fundamental, 67% são contra. Outros 60% se declaram contrários no Nordeste, 57% no Norte e no Centro-Oeste, 55% no Sul e 52% no Sudeste.
Para 73% dos pesquisados, a revelação de que suas amizades são homossexuais não interferiria em nada no relacionamento. Outros 24% disseram que afastariam muito ou pouco e 2% não souberam responder. Embora com menor intensidade, o mesmo padrão de opinião nas respostas anteriores se repete no comparativo por faixa etária, nível de escolaridade, sexo e região do país.
Entre as mulheres, 80% não se afastariam dos amigos homossexuais. Entre jovens de 16 a 24 anos, 81% não se afastariam e 85% das pessoas com nível superior de escolaridade também defendem que não haveria mudança na amizade. No Sudeste, 79% das pessoas disseram que não se afastariam. No Norte e Centro-Oeste, 72% têm a mesma opinião. No Sul, são 70% e, no Nordeste, 66%.
Médicos, policiais e professores
O instituto questionou a aceitação da população para homossexuais que trabalharem como médicos no serviço público, policiais ou professores de ensino fundamental. Apenas 14% se disseram total ou parcialmente contra trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores. A parcela dos brasileiros que são parcial ou totalmente favoráveis é de 84% para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores.
O levantamento aponta ainda que há maior tolerância entre as pessoas cuja religião foi classificada na categoria “outras religiões”, onde 60% são favoráveis à decisão do STF. Entre os católicos e ateus ouvidos há divisão de opiniões, com 50% e 51% de aprovação, respectivamente. Entre os protestantes e evangélicos, 23% se dizem favoráveis à iniciativa do STF.

Um comentário:

  1. Às três horas da manhã de 10 dezembro de 1948, depois de quase dois anos de elaboração e uma última noite longa de debate, o presidente da Assembléia Geral da ONU pediu uma votação do texto final. Quarenta e oito nações votaram a favor, oito abstiveram-se, nenhum país discordou. E a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada. Ela proclama uma idéia simples e poderosa: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. E com a declaração, ficou claro que os direitos não são conferidos pelo governo, pois eles são direitos inatos a todas as pessoas. Não importa em que país vivemos, quem são nossos líderes, ou mesmo quem somos. Porque somos humanos, portanto, temos direitos. E porque nós temos direitos, governos são obrigados a protegê-los.
    64 anos desde que a declaração foi adotada, muitas nações fizeram grandes progressos em fazer dos direitos humanos uma realidade humana. Passo a passo, as barreiras que impediam as pessoas de apreciar a medida plena da liberdade, a experiência completa de dignidade, e os benefícios da humanidade, se afastaram. Pessoas lutaram e se organizaram em campanhas em praças públicas e espaços privados para mudar as leis, não só isso, mas corações e mentes. E graças a esse trabalho de gerações, para milhões de pessoas cujas vidas já foram estreitadas pela injustiça, eles agora são capazes de viver mais livremente e de participar mais plenamente na vida política, econômica e social de suas comunidades.
    Em muitos aspectos, eles são uma minoria invisível. Eles são presos, espancados, aterrorizados, e mesmo executados. Muitos são tratados com desprezo e violência por parte de seus concidadãos, enquanto autoridades competentes para protegê-los olham uns para os outros ou, muitas vezes, até mesmo juntam-se para cometer o abuso. À eles são negadas oportunidades de trabalhar e aprender, são expulsos de suas casas e países, e forçados a suprimir ou negar quem eles são, para se protegerem da violência.
    Estou falando dos gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. Os seres humanos nascem livres e dada igualdade e dignidade como direito, que têm o direito de exigir, o que é agora um dos restantes desafios dos direitos humanos do nosso tempo.Agora, levantando esta questão, eu sei, é sensível para muitas pessoas e que os obstáculos no caminho de proteger os direitos humanos de LGBT pessoas estão profundamente arraigados em crenças pessoais, crenças, políticas, culturais e religiosas.

    Então, nesse espírito, quero falar sobre as questões difíceis e importantes que devemos abordar juntos, para alcançar um consenso global que reconhece os direitos humanos dos cidadãos LGBT em todos os lugares; com isso seria muito importante começar a trabalhar os direitos humanos nas escolas como disciplina, pois com essa proposta a criança, o jovem será mais humano e dará mais valor ao próximo.

    Este reconhecimento não ocorre de uma só vez. Evolui ao longo do tempo. E entendemos que estávamos a honrar os direitos que as pessoas sempre tiveram, ao invés de criar novos direitos ou especial para eles. Como ser uma mulher, como ser uma minoria racial, religiosa, tribal ou étnica, ser LGBT não te faz menos humano. E é por isso que os direitos dos homossexuais são direitos humanos e os direitos humanos são direitos dos homossexuais.

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