domingo, 26 de fevereiro de 2012

A cada cinco horas, Brasil ganha um novo município em emergência ou calamidade pública

Nos últimos cinco anos, um município brasileiro decretou situação de emergência ou estado de calamidade pública a cada cinco horas. É o que aponta levantamento feito pelo UOL, com base nos dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) entre 2007 e 2011. Ao todo foram 8.442 portarias publicadas no “Diário Oficial da União” nesses cinco anos. Somadas aos 729 decretos já publicados este ano, o número supera a marca das 9.000 portarias, com a média de 4,8 decretos por dia.
 

Confira as fotos das chuvas pelo Brasil

Foto 81 de 213 - 10.jan.2012 - Fátima Regina (à direita) olha para local onde ficava sua casa, que foi varrida por um deslizamento de terra no distrito de Jamapará, em Sapucaia (RJ), na madrugada de segunda-feira (9) Mais Victor R. Caivano/AP
O processo de reconhecimento de decreto de emergência ou calamidade dos municípios passa por três etapas. Na primeira, os prefeitos decretam a situação de emergência --caso precisem de ajuda-- ou estado de calamidade pública --quando afirmam não ter condições de reverter a situação sozinhos.
Os decretos valem por 90 dias, podendo ser renovados por igual período -180 dias é o período máximo. Após isso, caso seja necessário, é preciso apresentar toda uma nova argumentação.
Em seguida, cabe aos governos estaduais, por meio das defesas civis, homologarem o decreto e enviarem ao governo federal. Por fim, cabe à Defesa Civil reconhecer o decreto com a publicação no “Diário Oficial da União”. A oficialização é um passaporte para que os gestores possam contratar serviços ou realizar compras sem a necessidade de licitação.
Para conseguir ter uma situação excepcional reconhecida, o município precisa enviar um relatório de avaliação de danos, o avadan, com dados, números de atingidos e imagens da destruição. Segundo a Sedec, todos os relatórios passam por avaliação até a publicação no “Diário Oficial da União”.
Desde fevereiro de 2010, a Sedec autorizou o envio emergencial de R$ 2,7 bilhões aos Estados ou municípios afetados por catástrofes. Pelo menos 90% do dinheiro já foi liberado e serviu, em sua maioria absoluta, para restabelecimento da normalidade, socorro às vítimas e obras de reconstrução.

Chuvas deixam milhares de desabrigados no Acre em 2012

Com mais de 30 anos de atuação na área, o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Antônio Campos de Almeida, disse que o número de decretos publicados no Brasil chama a atenção para a falta de capacidade técnica dos municípios, que levam o governo federal a não ter condições técnicas de analisar um pedido. Em muitos casos, é o Estado que envia técnicos e decreta diretamente a situação, o que teoricamente não é permitido por lei.
“Falta aos municípios defesas civis com orientação técnica, conhecimento especializado. A verdade é que governo federal tem sido muito generoso. Apesar da falta de critério dos decretos, pensa na população. Se for adotar todos os critérios, vai morrer gente, e o principal dever da defesa civil é a proteção à vida. Existem os critérios legais, mas se o município não tem especialista, o governo federal acaba fechando os olhos. A rapidez da necessidade em enviar ajuda também ajuda nesse processo de reconhecimento”, disse.
O especialista afirmou que os números comprovam que a maioria dos municípios ignora as leis de prevenção, o que gera uma repetição de decretos ao longo dos anos. “Por exemplo: é obrigatório todos os municípios terem mapeamento de risco. E o percentual nacional, até novembro, era que apenas 1,0002% deles tinha. Ou seja, não chega sequer a 100 cidades. Por isso temos cidades que vivem numa quase eterna emergência”, disse Almeida, que já atuou como consultor em defesa civil para municípios alagoanos.

Estiagens dominam

Apesar das mortes causadas pelas chuvas nos últimos anos, enchentes, enxurradas, alagamentos e deslizamentos não são os principais motivos dos decretos reconhecidos no país. Segundo levantamento do UOL, as estiagens se configuram a maior causa dos decretos, com 3.526 portarias reconhecidas nos últimos cinco anos. As enxurradas vêm em seguida, com 2.335 decretos. Enchentes (1.199), vendavais (405) e seca (383) completam a lista dos principais problemas. O recorde de decretos ocorreu em 2010, quando 2.765 portarias foram reconhecidas pelo governo federal.

PRINCIPAIS MOTIVOS

  • 3.526

    - Estiagem
  • 2.335

    - Enxurrada
  • 1.199

    - Enchente
  • 405

    - Vendaval
  • 383

    - Seca
    São os Estados da região Sul que dominam a lista dos municípios que decretaram emergência ou calamidade pública. No Rio Grande do Sul, por exemplo, foram 1.300 decretos entre 2007 e 2011. Já em Santa Catarina foram 1.232. Somente este ano, foram mais 341 municípios em emergência no Rio Grande Sul, todos pela estiagem. No Sul há a peculiaridade climática, já que as situações excepcionais variam entre enchentes, estiagens, vendavais e até geadas.
    Segundo o doutor em meteorologia e integrante do grupo gestor da prevenção e mitigação de desastres da OMM (Organização Mundial de Meteorologia), Luís Carlos Molion, existe uma mudança climática recente que explica o aumento no número de eventos extremos no país nos últimos anos, especialmente no Sul.
    “Houve uma mudança climática a partir de 1999 e 2000. A partir dali, o Oceano Pacífico voltou a ficar mais frio que o normal. Isso já tinha acontecido entre 1946 e 1976. Nessa época, no período chuvoso, o Rio Grande do Sul sofreu com frequência maior de estiagem, e o Nordeste teve secas menos intensas. Ao mesmo tempo, o Sul sofreu, no inverno, com uma frequência maior de geadas severas e tardias. Tivemos chuvas fortes e inundações nas cidades do Rio e São Paulo. O problema é que estamos vivenciando algo similar agora, o que leva os municípios a decretarem emergência”, disse.
    Apesar de considerar justificável o aumento no número de decretos de emergência e calamidade pública, Molion afirma que a maior incidência de eventos extremos era previsível, e as autoridades tinham conhecimento dos riscos, mas não tomaram as medidas necessárias.
    “Isso não é nada novo. Se sabemos que existe grande probabilidade de termos chuvas intensas, como tivemos no passado, os municípios teriam que reestudar a ocupação do espaço geográfico. Tem que haver um plano diretor, do uso do solo, para evitar que mais vidas sejam ceifadas. Se não levar em conta esses aspectos, eventualmente vamos ter sempre os municípios decretando calamidade. Tem que ser trabalhado prevenção e reordenação da ocupação do solo urbano”, disse.

    Casos incomuns

    Apesar dos motivos já conhecidos, muitos municípios decretam emergência por situações pouco comuns. Em março de 2010, o município de Montividiu do Sul, no norte de Goiás, por exemplo, decretou emergência por conta de “migrações intensas e descontroladas.” À época, o motivo alegado foi a situação precária em que viviam famílias nos 11 assentamentos do município.
    Dois anos antes, o município de Itacarambi, no norte de Minas Gerais, declarou emergência, em 2007, após o distrito de Caraíbas ser sacudido por um tremor de terra que matou uma criança, deixou seis feridos e cerca de 300 pessoas desabrigadas.
    Os decretos não precisam abranger toda uma cidade e podem ser relativos a setores específicos. Em setembro de 2009, Belo Horizonte decretou estado de calamidade pública no anel rodoviário. A medida foi tomada por conta da grande quantidade de acidentes no trecho de 26 km e por onde passam 100 mil veículos por dia. A prefeitura informou que, em três anos, foram quase 7.000 acidentes, com 3.010 pessoas feridas e 91 mortes neste período.
    Este ano, São Luís também decretou situação de emergência por conta de exaurimento de recursos hídricos. O problema foi causado pela encanação antiga, que apresentou problemas e deixou vários bairros sem abastecimento.

    Resposta

    Em uma resposta curta ao UOL, o Ministério da Integração Nacional –responsável pela Sedec--, informou apenas que “o reconhecimento [das situações] se dá após análise de relatórios enviados pelo ente (município/estado).”
    O órgão disse ainda os decretos de emergência se configuram uma prerrogativa dos próprios municípios, cabendo apenas ao “Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, fazer o reconhecimento da situação de emergência ou calamidade.”
    Apesar de solicitado, o Ministério não explicou como é feita a fiscalização dos recursos enviados emergencialmente aos municípios.


    Fonte: Carlos Madeiro
    Do UOL, em Maceió        

    sábado, 25 de fevereiro de 2012

    Ayaan Hirsi Ali publicou na revista Newsweek, de 13 de fevereiro passado, artigo fartamente documentado sobre a guerra que os países islâmicos estão desencadeando contra os cristãos, atingindo sua liberdade de consciência, proibindo-os de manifestarem sua fé e assassinando quem a professa individualmente ou mediante atentados a Igrejas ou locais onde se reúnam.





    Ayaan Hirsi Ali publicou na revista Newsweek, de 13 de fevereiro passado, artigo fartamente documentado sobre a guerra que os países islâmicos estão desencadeando contra os cristãos, atingindo sua liberdade de consciência, proibindo-os de manifestarem sua fé e assassinando quem a professa individualmente ou mediante atentados a Igrejas ou locais onde se reúnam.
    Lembra que ao menos 24 cristãos foram mortos pelo exército egípcio, em 9 de outubro de 2011; que, no Cairo, no dia 5 de março do mesmo ano, uma igreja foi incendiada, com inúmeros mortos; que, na Nigéria, no dia de Natal de 2011, dezenas de cristãos foram assassinados ou feridos, e que no Paquistão, na Índia e em outros países de minoria cristã a perseguição contra os que acreditam em Cristo tem crescido consideravelmente. Declara a autora que “os ataques terroristas contra cristãos na África, Oriente próximo e Ásia cresceram 309% de 2003 a 2010”. E conclui seu artigo afirmando que, no Ocidente, “em vez de criarem-se histórias fantasiosas sobre uma pretensa “islamofobia”, deveriam tomar uma posição real contra a “Cristofobia”, que principia a se infestar no mundo islâmico. “Tolerância é para todos, exceto para os intolerantes”.
    Entre as sugestões que apresenta, está o Ocidente condicionar seu auxílio humanitário, social e econômico a que a tolerância para com os que professam a fé cristã seja também respeitada, como se respeita, na maioria dos países ocidentais a fé islâmica.
    Entendo ser o Brasil, neste particular, um país modelo. Respeitamos todos os credos, inclusive aqueles que negam todos os credos, pois a liberdade de expressão é cláusula pétrea na nossa Constituição.
    Ocorre, todavia, que as notícias sobre esta “Cristofobia islâmica” são desconhecidas no país, com notas reduzidas sobre atentados contra os cristãos, nos principais jornais que aqui circulam. Um homossexual agredido é manchete de qualquer jornal brasileiro. Já a morte de dezenas de cristãos, em virtude de atos de violência planejados, como expressão de anticristianismo, é solenemente ignorada pela imprensa.
    Quando da Hégira, em 622, Maomé lançou o movimento islâmico, que levou à invasão da Europa em 711 com a intenção de eliminar todos os infiéis ao profeta de Alá. Até sua expulsão de Granada — creio que em 1492 — os mulçumanos europeus foram se adaptando à convivência com os cristãos, sendo que a filosofia árabe e católica dos séculos 12 e 13 convergiram, fascinantemente. Filósofos de expressão, como Santo Tomas de Aquino, Bernardo de Claraval, Abelardo, Avicena, Averróes, Alfa-rabi, demonstraram a possibilidade de convivência entre credos e culturas diferentes.
    Infelizmente, aquilo que se considerava ultrapassado reaparece em atos terroristas, que não dignificam a natureza humana e separam os homens, que deveriam unir-se na busca de um mundo melhor. Creio que a solução apresentada por Ayaan Hirsi Ali é a melhor forma de combater preconceitos, perseguições e atentados terroristas, ou seja, condicionar ajuda, até mesmo humanitária, ao respeito a todos os credos religiosos (ou à falta deles), como forma de convivência pacífica entre os homens. É a melhor forma de não se incubarem ovos de serpentes, prodigalizando auxílios que possam se voltar contra os benfeitores.



    Fonte: Ives Gandra Jonnal do Brasil

    Crimes religiosos movem sede de sangue de 'Dexter'

    Na sexta temporada, Dexter está sozinho novamente. O serial killer interpretado por Michael C. Hall encontrou sua mulher morta na banheira na quarta temporada.
    No ano seguinte da série, teve um rápido caso com uma jovem traumatizada após ter sido mantida prisioneira por um bando de estupradores.
    Mas, completada a vingança, ela resolveu voltar à vida antiga e "ser normal". Acabou a cumplicidade: ela não quer ser como ele, afinal.
    Agora, o único vínculo de Dexter com uma rotina familiar é seu filho, o pequeno Harrison. Por ele, Dexter quase se redime, mas a sede de matar outros assassinos prevalece quando ele encontra um adversário à altura na sexta temporada, que estreia amanhã no canal FX.
    É que um novo serial killer --ou serão mais de um?-- começa a deixar corpos com mensagens apocalípticas tiradas da Bíblia.
    FIM DO MUNDO
    Referências à Besta, ao Demônio e aos Cavaleiros do Apocalipse se espalharão pelos episódios, assim como os sacrifícios sangrentos que serão feitos para purgar os pecados da humanidade.
    Pelo menos é assim que "os escolhidos" se enxergam, matando em nome de Deus.
    Dexter chega a ver relação entre o que faz e esse "trabalho divino" de limpar o mundo dos excessos.
    Isso é culpa do encontro que tem com Sam (Mos Def), ex-bandido reabilitado após se converter em pastor. Sob a sua influência, Dexter passa a buscar redenção.
    Uma notícia sobre o caso do assassino de sua mulher faz com que o fantasma do irmão, o Assassino do Caminhão de Gelo, volte para assombrar sua consciência.
    Enquanto isso, sua irmã Deb (Jennifer Carpenter) ganhou uma promoção dentro do departamento de polícia e virou tenente. Terá de lidar com as burocracias e pressões da nova função.
    A principal delas será responder pelo baixo índice de solução de crimes --mais um motivo para fazer de tudo para pegar o novo serial killer.
    Dexter vai passar a perna na irmã e obstruir o caminho da polícia para lidar a seu modo com os bandidos.
    Só que essa atitude sairá pela culatra e terá consequências violentas.



    Fonte: LÚCIA VALENTIM RODRIGUESDE SÃO PAULO

    sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

    Acidente em brinquedo do Hopi Hari mata uma adolescente em SP

    Um acidente no brinquedo La Tour Eiffel, do Hopi Hari, matou uma adolescente por volta das 10h20 desta sexta-feira. O parque fica no km 72,5 da rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo (79 km de São Paulo).
    Segundo o hospital Paulo Sacramento, Gabriela Iokuri Michelari, 14, teve um traumatismo craniano ao cair do brinquedo. Ela foi reanimada no parque, mas teve uma parada cardíaca e morreu a caminho do hospital.
    Ela caiu da Torre Eiffel do parque, um elevador com 69,5 metros. Segundo informações do site do local, o brinquedo tem a altura de um prédio de 23 andares e os participantes caem em queda livre, podendo atingir 94 km/h.
    O parque ainda não sabe dizer de que altura a vítima caiu e o que motivou o acidente. O Hopi Hari permanece aberto, apenas o brinquedo foi fechado para a realização da perícia.
    Em nota, o local disse que "lamenta profundamente o ocorrido" e que "está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente".
    Rochelle Costi - 27.nov.99/Folhapress
    Acidente na Torre Eiffel matou uma adolescente na manhã de hoje
    Acidente na Torre Eiffel matou uma adolescente na manhã de hoje
    OUTRO CASO
    Um acidente em um brinquedo do Playcenter, na zona oeste de São Paulo, deixou oito pessoas feridas no dia 3 de abril de 2011. Houve uma falha na trava de segurança do Double Shock, que se abriu e provocou a queda das vítimas, com o brinquedo ainda em movimento.
    No Double Shock, as pessoas giram 360º a uma altura de 12 metros. O brinquedo faz parte do grupo de atrações 'radicais' do parque.
    Feridos disseram em depoimento à Polícia Civil ter ouvido estalos no final do ciclo do brinquedo. Após os estalos, as travas do lado direito de um dos blocos do brinquedo, com capacidade para oito pessoas, se abriram.
    Com as travas já abertas, as vítimas disseram que a velocidade do brinquedo aumentou.
    Laudo do IC (Instituto de Criminalística) apontou que o acidente foi causado por falha humana. Segundo o documento, um operador não verificou corretamente o fechamento das travas do equipamento.

    Fonte: FOLHA.com

    Garota mais peluda do mundo diz ter orgulho de ser especial

    Reprodução/MSNBC
    Ela é feliz, popular e, quando tiver idade, vai arranjar namorado mais rápido do que muita gente
    Ela é feliz, popular e, quando tiver idade, vai arranjar namorado mais rápido do que muita gente
    Crianças podem ser cruéis. Para muitos, a época do colégio traz lembranças terríveis de bullying e agressões verbais. É raro uma turma que não tenha um gordinho ou um nerd alvo de todos os tipos de brincadeiras de mau gosto. Por isso, a tailandesa Supatra Sasuphan, de 11 anos, pode se considerar vitoriosa.
    Devido à síndrome de Ambras, ela tem o corpo todinho – incluindo o rosto – coberto de pelos e seria alvo fácil da molecada, se não fosse por um motivo: sua autoconfiança. Supatra, mais conhecida como Nat, até quer se curar um dia, mas, no seu dia-a-dia, mostra não se importar com sua condição especial.
    “Sou do jeito que sou. Nem fico pensando nisso”, contou em entrevista ao canal de TV americano NBC.
    Nat até foi alvo de bullying quando entrou no colégio, mas conseguiu provar que era igual a todos e hoje é uma das meninas mais populares da escola. Ela adora cantar, dançar e atuar e, além disso, é uma das melhores alunas da classe.
    Os médicos já tentaram de tudo para, ao menos, reduzir a quantidade de pelos em seu corpo, mas nada funcionou. No ano passado o Guinness World Records a reconheceu como a garota mais peluda do mundo, título que a deixou orgulhosa.
    “Ser peluda me faz especial. Aquele foi o dia mais feliz da minha vida”, disse Nat.
    Para o futuro, a garota faz planos de virar médica. Não para tentar achar a cura para sua condição, mas para simplesmente ajudar os outros.
    “Assim poderei ajudar os doentes e tratar meus pais e parentes quando precisarem”, falou.
    (Com MSNBC)


    Fonte: Do UOL, em São Paulo

    Jovem é indiciado por homicídio culposo por acidente na Hermes da Fonseca

    Fonte:Fred Carvalho e Marco Carvalho - editor e repórter




    A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava as circunstância do acidente com um veículo na avenida Hermes da Fonseca, que resultou na morte do jovem Alan Almoedo Moura. O delegado Sérgio Leocádio, da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos (Deav), indiciou Danilo Gomes de Farias Alves Bila por homicídio culposo. "Indiciei o Danilo Alves Bila me baseando nos depoimentos dos próprios envolvidos no acidente e nas imagens de circuitos de segurança que obtivemos. Constatamos que ele dirigia o veículo em alta velocidade e que, devido a isso, acabou perdendo o controle do automóvel. Infelizmente, o acidente resultou na morte do Alan Almoedo Moura", explicou o delegado.

    A colisão com vítima fatal foi registrada no dia 27 de fevereiro de 2011 e desde então vinha sendo investigada pela Polícia Civil. Danilo Alves Bila foi indiciado no artigo 302 - "Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor". A pena para este tipo de crime pode resultar em detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Sobre a demora na conclusão do inquérito, o delegado ressaltou que se deveu ao fato de somente no início deste mês ter recebido o laudo pericial do Itep. "Tivemos apoio dos peritos do Itep. Mas, infelizmente, aquela instituição não atende à demanda de periciais que são solicitadas", afirmou.

    A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE teve acesso ao relatório que detalha o teor dos depoimentos dos envolvidos e a conclusão do delegado da Polícia Civil. O acidente chamou atenção na época em que ocorreu pela violência da batida. O veículo C4 Pallas, de placas NNK-0850, atingiu alta velocidade e, após o condutor perder o controle, colidiu em um imóvel na avenida Hermes da Fonseca, no bairro do Tirol.

    O carro ficou destruído, tendo o motor sido separado após a forte colisão. Na oportunidade, havia oito passageiros no veículo. Alan Almoedo Moura veio a falecer ainda no local. Outros registraram ferimentos, tendo sido deslocados a unidades médicas. Além de Alan e Danilo, também estavam no carro: André Araújo Medeiros, Guilherme de Negreiros Diógenes Reinaldo, Matheus Macedo Costa, Albert Felipe Oliveira, Galbê Maia Neto, Mateus Alves Barreto da Costa.

    No documento da Polícia Civil remetido à Justiça, o delegado Sérgio Leocádio destaca que concluiu "pela culpabilidade de Danilo Gomes de Farias Alves Bila (…) por trafegar em velocidade excessiva, perdendo, por conseguinte, o controle de veículo e colidindo violentamente de forma semi-frontal contra uma parede de alvenaria de um imóvel situado na av. Hermes da Fonseca, (…) conduta que culminou com a morte do passageiro Alan Almoedo Moura".

    O documento de investigação segue agora para a Justiça. A partir daí, haverá o encaminhamento para vistas do Ministério Público. O promotor de Justiça analisará o caso e decidirá ou não pela denúncia. Caso seja denunciado, o caso passa para a fase de julgamento.

    O Caso

    De acordo consta em depoimentos, os amigos saíam do bar Esquina 14, na av. Hermes da Fonseca, e se dirigiam à boate Maranello. Com duas pessoas no banco da frente e seis no banco traseiro, o condutor não teve controle do veículo e acabou colidindo com uma parede próximo ao clube AABB.

    Um dos ocupantes do veículo, André Araújo de Medeiros, chegou a relatar a preocupação dos amigos com a velocidade que estava sendo registrada pelo condutor. "André Araújo declarou que todos os ocupantes do veículo conversavam, porém como Danilo começou a aumentar a velocidade, todos ficaram apreensivos e pararam de conversar, tendo Mateus Alves pedido para ele diminuir a velocidade".

    Os ocupantes do carro ressaltaram que um táxi forçou a manobra de Danilo, que conduzia o C4 Pallas, e logo depois perdeu o controle. O delegado concluiu, a partir de análise de imagens de câmeras de segurança, que o táxi trafegava em velocidade normal e compatível com a via. Em depoimento, Mateus Alves Barareto da Costa relatou que observou o velocímetro marcar mais de 100 km/h, "sem saber precisar a que velocidade o mesmo chegou a alcançar".

    terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

    Promotoria investiga elo entre TV de Netinho e desvios no Ceará

    O Ministério Público do Ceará abriu inquérito para investigar a TV da Gente, criada pelo vereador paulistano Netinho de Paula (PC do B), suspeita de ter sido usada em um esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Pacajus (50 km de Fortaleza), informa reportagem de Silvio Navarro, publicada pela Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
    A investigação, revelada pela revista "Veja", começou em dezembro e tem como alvo a Fundação Educativa Eduardo Sá, detentora da concessão da TV, comandada pelo empresário Levi de Paula, filho do vereador.
    Silva Junior - 05.out.2010/Folhapress
    Netinho de Paula, pré-candidato do PC do B à Prefeitura de SP
    Netinho de Paula, pré-candidato do PC do B à Prefeitura de SP
    A TV da Gente foi criada em 2005 por Netinho, destinada a produzir conteúdo direcionado ao público negro. Funcionou em alguns Estados, incluindo São Paulo, mas naufragou nos anos seguintes por falta de recursos.
    Em 2007, entretanto, o canal começou a operar na cidade de Pacajus, região metropolitana de Fortaleza, onde era administrada por auxiliares do ex-prefeito Pedro José Philomeno (PSDB).
    Procurado desde a quinta-feira, Netinho de Paula não se manifestou. Na sexta, seu gabinete na Câmara Municipal de São Paulo afirmou que ele estava ocupado gravando seu novo programa para um canal de televisão.


    Fonte: folha.com

    segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

    Política


    Entrevista Fernando Mineiro // "Não faço política como processo de troca"

                            

    Pré-candidato à prefeitura de Natal, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) descartou, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, a possibilidade de união dos partidos que fazem oposição à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no primeiro turno das eleições deste ano. Segundo ele, a composição ficará para a segunda etapa do pleito. O parlamentar também frisou que não existe possibilidade de desistir da candidatura num acordo para viabilizar o nome da deputada federal Fátima Bezerra (PT) como candidata ao Senado em 2014. Durante a entrevista, Mineiro comentou também a trajetória do PT, as obras de mobilidade para a Copa de 2014, a onda de insegurança que paira sobre Natal e a indicação da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).


    Carlos Santos/DN/D.A Press
    Como estão as articulações com outros partidos em torno do apoio à sua candidatura a prefeito de Natal?
    Nós estamos trabalhando a valorização do partido. Estamos fazendo isso de forma interna, tendo em vista que a campanha externa só começa depois de junho. Estamos mobilizando o PT nas quatro Zonas de Natal, nas categorias e temos feito debates em torno de vários temas de interesse da sociedade com vários setores, desde as favelas até as categorias trabalhistas. Estamos dialogando com os partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT) que são oposição ao governo estadual e ao municipal. A definição se vamos sair só, ou coligados, só em junho, com as convenções.

    O senhor iniciou recentemente o diálogo com o PSD, do vice-governador Robinson Faria. As conversas estão adiantadas?
    Conversamos com o PSD, o PSB, o PCdoB. Temos conversado. São partidos que ainda não anunciaram suas candidaturas. Respeitamos todas as candidaturas colocadas. Queremos fazer um debate qualificado, de propostas e programas para a cidade. Vamos tentar formar alianças com esses partidos da base que são oposição em nível estadual e municipal. Nós iniciamos as conversas. Mas, definição, só em junho.

    A candidatura é irreversível ou ainda existe possibilidade de união das oposições em torno de uma só candidatura que não seja a sua?
    Não há possibilidade de composição, de unidade dos partidos da base no primeiro turno. A eleição ocorre em dois turnos. Acho que vai ser bom para a sociedade o lançamento de várias candidaturas. Até porque a base nacional aqui tem característica muito específica: estar aliado em Brasília e não estar aliado aqui. Então, vamos discutir aliança em si no segundo turno. No primeiro, haverá a disputa de projetos.

    Esse esfacelamento no primeiro turno não pode enfraquecer as oposições com vistas à disputa eleitoral de 2014?
    Não, porque cada eleição é uma eleição. Quem achar que a eleição estadual é reflexo da municipal está equivocado. Cada eleição tem uma dinâmica própria. Evidentemente que o fortalecimento do partido numa eleição tem implicação em outra. Por isso, nós (o PT) queremos nos fortalecer em 2012 para termos uma atitude mais ativa em 2014. A necessidade de fortalecimento do PT nos coloca com a legitimidade para termos nossa candidatura em Natal este ano.

    O PT desistiria da candidatura própria se houvesse um compromisso dos partidos aliados com a candidatura da deputada federal Fátima Bezerra ao Senado em 2014? No caso, poderia trocar sua candidatura pela viabilização da dela?
    Possibilidade zero. Não faço política num processo de troca. Faço política com afinidades programáticas. Possibilidade zero de ter esse tipo de acordo.

    O PT comemorou 32 anos este mês. Qual o saldo desse período de história?
    O saldo foi positivo. Se colocarmos na balança os erros e os acertos, teremos muito mais acertos do que erros. Lógico que temos muito o que melhorar, avançar. Mas a contribuição que o PT tem dado ao Brasil nas últimas décadas é importantíssima. Até os adversários mais ferrenhos são obrigado a reconhecer a importância do partido para a história contemporânea do país. Trouxe transformações, avanços e mudanças, quando chegou ao governo central, com um conjunto de partidos em aliança. Faço um balanço positivo. Nós petistas temos muito do que nos orgulhar dessa trajetória. As dificuldades foram muito pequenas.

    As concessões e as alianças que o PT fez no decorrer da sua história prejudicaram a imagem diante da sociedade?
    As concepções, os princípios e as visões do PT mudaram. Devido à toda fragilidade política do Brasil, um partido isoladamente não tem condições de implantar o seu programa. É preciso fazer um governo de composição. E um governo de composição é um governo de contradições, com disputas internas. Mas, no geral, o resultado da política de alianças foi positivo para o Brasil, haja vista as transformações que aconteceram e estão acontecendo ainda, com o combate às desigualdades, a retomada do desenvolvimento com sustentabilidade, a inclusão do país no cenário internacional, um conjunto de posições que fizeram o sucesso do governo do Partido dos Trabalhadores.

    O PT construiu sua história combatendo fervorosamente as privatizações. No entanto, no governo Dilma Rousseff, o partido tem adotado um modelo de concessões, muito similar ao que foi praticado no governo tucano. A adoção desse modelo é o reconhecimento de que no passado o partido errou?
    O governo tucano não fez concessões. Fez privatizações. Entregou o patrimônio brasileiro nas áreas estratégicas de desenvolvimento à iniciativa privada. Por exemplo, a área de mineração. O governo da presidenta Dilma tem feito um modelo de concessões diferente das privatizações. Não tem nenhum patrimônio entregue às empresas privadas. Há uma concessão de um período de exploração. Então não há nenhuma relação. Talvez por esperteza, alguns setores da sociedade querem colocar as privatizações do tucanato e as concessões do governo Dilma em pé de igualdade. Mas não há nenhuma relação.

    Mas o termo privatização ainda apavora o PT?
    O PT tem uma postura totalmente contrária à entrega do patrimônio público. No governo do PT, não existe a atitude que houve no governo tucano de entregar nosso patrimônio a preço de banana. Isso não haverá. Não é questão de apavoramento ou não. É uma posição política. Entendemos que o patrimônio brasileiro tem um papel importante para o desenvolvimento nacional. O que criticamos do governo passado foi o enfraquecimento do estado brasileiro diante do desenvolvimento do país. O que estamos assistindo no governo do PT e aliados é o fortalecimento do Estado. São posições totalmente diferentes.

    O governo Lula foi recordista em escândalos de corrupção e o da presidenta Dilma já protagonizou várias irregularidades, provocando inclusive a substituição de vários ministros. Como o senhor avalia a ligação do partido com os atos de improbidade?
    A corrupção é uma questão endêmica no estado brasileiro e vem sendo combatida. Tanto foi combatida no governo do presidente Lula, com o fortalecimento das instituições e órgãos de controle, como é combatida no governo Dilma. Tantas vezes quantos surgirem casos de corrupção serão combatidos dentro das formas e parâmetros. O governo tem uma postura muito clara em relação a isso.

    O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, disse, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, na semana passada, que a Casa é o "carro de som, é a voz do povo". O senhor concorda com essa afirmação?
    O poder legislativo do Brasil, incluindo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, tem muito ainda o que fazer para atender às demandas da sociedade. Mas eu prefiro a Assembleia Legislativa do jeito que temos do que um estado sem ela. É preferível funcionar com a precariedade e as deficiências que tem do que não termos o poder legislativo. A Assembleia tem feito esforços. Os deputados têm desenvolvido seus papeis na sociedade. Agora, a Assembleia não é uma ilha, é um reflexo da sociedade. Nenhum de nós chegou aqui por acaso, foi por meio do voto. Eu entendo dessa maneira. Acho que o legislativo vai evoluir com a participação da sociedade. Por enquanto, existe uma postura do eleitor de votar no seu representante e deixar para lá, sem acompanhar, cobrar, fiscalizar. Se perguntarmos hoje, a maioria do eleitorado não sabe em quem votou nas eleições passadas. Temos uma fragilidade política. A Assembleia reflete isso.

    Em relação ao Executivo, a população varia muito ao avaliar os governos. Existem uns bem avaliados, outros, mal. Mas o legislativo sempre é telhado de vidro. Deputados e vereadores levam uma grande carga negativa. O que fazer para mudar isso?
    Quando a sociedade acompanhar mais o cotidiano da vida das instituições. Temos uma fragilidade institucional que se reflete no Executivo, no legislativo e no judiciário. No legislativo, há uma maior visibilidade, está mais em contato com a população. Talvez por isso receba a carga mais negativa de opiniões. Mas só vai mudar o legislativo quando mudar o Executivo e também o judiciário. Não vejo possibilidade de haver uma mudança sem os demais poderes acompanharem. É preciso haver uma ação mais positiva da sociedade na política. O grau de participação ainda é muito baixo. Isso reflete na escolha dos nossos representantes. Por mais que eu tenha razões para achar que não mudaremos a curto prazo o sistema político brasileiro, não posso abandonar a ideia de uma reforma política para valer. Acredito que o atual sistema não condiz com as demandas da sociedade. Existe a necessidade de uma reforma estrutural na política brasileira, para mudar inclusive o papel do legislativo e das instituições.

    Como fazer para essa reforma política ir à frente?
    A reforma política depende do Congresso Nacional. Mas, o CN não vai fazer por si só uma reforma política que modifique o atual sistema. Então temos um problema. Se não temos pressão da sociedade, não haverá uma reforma que atenda suas expectativas. Então, se deixar só para o Congresso não haverá reforma à altura dos interesses da sociedade. Enquanto não houver essa pressão, não teremos uma reforma que avance.

    Natal vive hoje uma onda de violência semelhante ao que ocorre nas grandes capitais do país. Como o senhor avalia esse momento e as ações do governo para coibir o avanço dessa prática no RN?
    Eu acho que a questão da insegurança é nacional. No geral, há uma queda ou estabilização dos índices de violência nos últimos dez anos. Por outro lado, há uma distribuição dos índices pelo Brasil. Há um deslocamento dos grandes centros para as demais regiões e interiores. É um fenômeno que vem ocorrendo. Eu defendo que o enfrentamento da questão da violência seja combatida com planejamento estratégico para curto, médio e longo prazo. Deve haver uma soma de esforços do governo estadual com União e gestões municipais, que também têm um papel importante nesse aspecto. É preciso haver uma ação articulada. Não vejo do atual governo nenhuma ação efetiva para conter a violência. A reação do governo Rosalba foi dizer que vai colocar 1.200 policiais nas ruasde Natal. E os demais municípios? E a estruturação? No meu ponto de vista, falta um projeto. Não vejo investimentos em infraestrutura, tecnologia, informação, contratação de pessoal. Falta uma atitude mais efetiva do governo para combater a insegurança. Falta a gestão entender o papel do estado nesta área.

    Em suas reuniões pelos bairros, quais as principais reivindicações e queixas da população que o senhor tem encontrado?
    Há um sentimento muito forte de desilusão com a gestão. Micarla foi eleita com grande expectativa de renovação, de um novo modelo. Então, existe esse sentimento em todas as áreas, independente de classe e renda. Há uma desilusão com a gestão municipal. Então, a partir daí vem as reclamações de saúde, educação, mobilidade. Há um sentimento de abandono, existe uma orfandade administrativa na gestão municipal. A deficiência abrange todas as áreas administrativas. Por isso, o trabalho mais importante no processo eleitoral é ter um novo modelo político e administrativo para a cidade.

    Qual é o modelo que o senhor pretende implantar se eleito prefeito de Natal?
    Meu projeto é composto de vários aspectos, que vão desde a modernização e reestruturação da máquina pública até a reorganização das áreas administrativas. Entram, também, a discussão da área urbana da cidade, as atividadeseconômicas, a sustentabilidade e o papel do município em diversos setores. A infraestrutura e a mobilidade urbana precisam de um projeto. O município também precisa ter atenção especial em relação à Zona Norte, que é a região que mais cresce. É preciso fazer um projeto específico para a região. Tem uma série de questões que estamos conversando e dialogando com diversos setores.

    Na área de mobilidade, Natal poderá dar um grande salto com as obras viabilizadas por causa da realização da Copa de 2014. Qual a avaliação que o senhor faz sobre o ritmo de trabalho da prefeitura e do governo neste sentido?
    A situação é preocupante. Desde que se iniciou esse debate sobre as questões da Copa, tenho dito que é preciso separar a questão dos jogos das obras de mobilidade. Sou a favor da Copa porque possibilita, se existir uma gestão eficiente do município e do estado, a realização de obras de infraestrutura. Já tenho dito há tempo que, para a Copa ocorrer em Natal não precisa das obras de mobilidade. Os governos estãomuito atrasados. Não tem uma obra de mobilidade iniciada. Natal é a única que não começou. A sociedade e o setor empresarial deveriam cobrar da prefeitura e do governo o andamento dessas obras. A situação é preocupante, é preciso parar de reclamar e agir.

    Por que existe essa morosidade?
    Por incompetência. Faltam projetos, prioridades, visão administrativa. É isso. Não há outro motivo. Com a retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa, vamos fazer uma audiência pública para tratar do assunto.

    Qual a sua opinião sobre a escolha da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), para ocupar a vaga que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem a prerrogativa de indicar no Tribunal de Contas do Estado?
    Lamentavelmente, se repete o padrão de escolher conselheiro do Tribunal de Contas do Estado pelo critério consanguíneo. Existem vários que foram escolhidos por ser parentes de A ou de B, que tinha essa prerrogativa num determinado momento. Eu acho lamentável. Um órgão importante de controle, fiscalização e acompanhamento dos gastos públicos ter seus conselheiros escolhidos desta maneira. Ela está usando a máquina pública para atingir seus objetivos políticos eleitoreiros. Isso é lamentável. Espero que a sociedade reaja, principalmente a população de Mossoró.


    Fontes: Allan Darlyson  DN

                  Edilson Braga DN

    Cidades

    Redes sociais espelham insegurança



    Redes sociais espelham insegurança
    Relatos na internet sobre casos de violência repercutem e trazem impacto sobre a sensação de segurança da população
                            
    O relato que ilustra essa página de O Poti/Diário de Natal, logo ao lado, foi escrito pela jornalista Zhamara Mettuza. Ela usou uma rede social para compartilhar com seus seguidores um drama que vivenciou na noite fria de terça-feira, 13 de fevereiro. Naquela noite Zhamara diz que "nasceu de novo". Ela chegou do trabalho, tomou banho e levou sua cachorrinha poodle para passear, como faz costumeiramente. Conta a vítima: "Não costumava levar o celular, mas um amigo ficou de ligar e atendi o telefone em uma área residencial, próximo à esquina de uma rua perto da minha casa. Estava distraída. De repente percebi aquele cara com capacete. Alto, magro, de moletom e calça jeans. Ele parou a moto do meu lado".


    twitter/Divulgação
    Durou apenas dois ou três minutos, mas foi uma ação violenta. O homem agiu com rispidez, abordou Zhamara insistindo que queria dinheiro, celular e tudo mais que ela tivesse. Não gritava, mas era violento. Quem gritou foi Zhamara. Gritou muito. A cachorrinha latia sem parar. O homem ficou assustado. A arma falhou. A poodle não parava de latir. Algumas pessoas observavam a cena, impossibilitadas de agir sob pena de tomar um tiro no peito ou na testa. Acuado, o assaltante agrediu Zhamara. Atirou uma, duas, três vezes. "Deu três coronhadas na minha cabeça. Pingava sangue na minha mão. Ele parecia aflito com os latidos dela [cachorrinha]. Eu também estava atônita. Sabia do perigo, mas não parava de gritar feito uma louca", conta a jornalista, que ao fim entregou o celular e viu seu algoz dobrar a esquina com a moto. Conforme relatou no Twitter, Zhamara foi acudida e voltou pra casa.

    Ser assaltado parece algo corriqueiro. A forma violenta da ocorrência com Zhamara Metusa não. Após perceber que sangrava muito por causa da coronhada na cabeça, os familiares a levaram para o hospital. Tomou quatro pontos. Apesar do susto, ela conta que assim que pôde descreveu tudo no Twitter. Foi o desabafo, seguido de centenas de recados de seus amigos, lhe prestando solidariedade. As redes sociais hoje se tornaram um reduto de informações prestadas por pessoas conectadas, e não poderia deixar de ser também um grito de socorro de problemas sociais como a violência urbana de roubos, assaltos e homicídios que assustam a população.

    Os números são subnotificados, mas ultimamente, o noticiário policial da capital e de várias cidades do interior do Rio Grande do Norte ganhou novos depoimentos. Fuga de quase 50 pessoas no sistema penitenciário, mais de 30 assaltos a ônibus em um mês, dezenas de carros roubados, roubos a agências bancárias, shoppings, supermercados, lotéricas. Tudo se viu e tudo se leu sobre nas redes sociais mais conhecidas e utilizadas: Twitter, Facebook, Orkut. Fontes antes não tidas como oficiais agora ganham status de depoimentos verdadeiros. Os sites se tornaram tão úteis (ou inúteis, quando o relato da ocorrência não passa de boato) que tanto a imprensa escrita, falada e televisionada se utiliza deles, assim como o fazem as autoridades policiais. Ir à frente do computador, relatar furtos e roubo de carros, assaltos, fuga em massa de delegacias e presídios, batidas e acidentes de trânsito também se tornou algo comum.

    A insegurança seria maior que a realidade? "Não", diz a professora Ana Cecília Aragão Gomes, que leciona Opinião Pública e Mídia no curso de Comunicação Social da Universidade Potiguar (UnP) e acha que o excesso de relatos vistos nas redes sociais após algum acontecimento de insegurança na cidade é um fenômeno novo e que modifica a produção de sentido das informações. "São pessoas comuns noticiando o que acontece em seu cotidiano. No momento em que se começa a ver e ouvir tudo aquilo, os relatos de violência ganham também as páginas dos jornais tradicionais e passam a demonstrar que cresce o sentimento de insegurança entre as pessoas. Uma insegurança construída a partir de mensagens, discursos, narrativas de um meio - a internet, que tem reflexo no mundo real", explica.

    Visibilidade
    Os dados oficiais nem sempre condizem com a quantidade de pessoas que, após uma ondade assaltos, por exemplo, conta a situação que vivenciaram nas redes sociais da internet. Isso se explica por dois fatores: nem todo mundo registra a ocorrência na Polícia Civil e os veículos de comunicação só noticiam após apurar a informação. "A violência é inerente ao ser humano. Com o aumento da quantidade de relatos percebemos a espetacularização da violência, que está presente em todas as classes sociais. Com essa visibilidade grande da violência, as pessoas procuram se proteger cada vez mais. Por isso cresce o número de pessoas que instalam cercas elétricas, câmeras de vigilância. Mais vigiada, a pessoa se sente também mais vigilante. É o impacto de algo que começa nas redes sociais, mas que repercute no cotidiano", opina Cecília.

    A jornalista Zhamara Mettuza, que abriu essa reportagem, confessa que sempre participou de campanhas iniciadas nas redes sociais com intuito de denunciar o aumento da insegurança no Estado, embora nunca houvesse sido vítima. "A violência cresceu. E não é por causa do uso dasredes sociais, onde mais pessoas podem contar o que viveram, que percebemos isso. A cidade está mais violenta sim. O conjunto onde eu moro era famoso por reunir pessoas na calçada e quase não haver relatos de assaltos. Hoje tomo conhecimento de assalto a várias pessoas aqui perto de casa toda semana. Não se pode mais colocar cadeiras de balanço na porta de casa. A sociedade tem que se mobilizar. Exigir segurança. Algo urgente precisa ser feito", alerta.

    Dimensão real da insegurança


    Após sofrer assalto violento na rua, Zhamara postou experiência e viu repercussão instantânea. Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
    Ter a dimensão real da insegurança que assola a população é algo que divide opiniões no que se refere à dimensão dos relatos, mas que ressaltam o novo papel das redes sociais como uma fonte a mais no mundo da comunicação. Guardadas as proporções, seria como a História Oral para os historiadores, que se tornou uma alternativa de registro do passado diferente da documentação oficial. O site Via Certa Natal, criado há um ano e que utiliza o Twitter para colocar informações sobre o trânsito na capital, costumeiramente posta ocorrências de roubo a carros, batidas e assaltos no transporte coletivo. "Se a violência aumentou ou não? Difícil de responder. O fato é que colocamos apenas informações após tomar o cuidado de checar se elas são verdadeiras. Por isso, como publicamos muitas ocorrências, acredito sim, que a violência aumentou mesmo", afirma Hudson Silvestre, idealizador do site.

    Checar a informação é algo que, para a Polícia Militar, é fundamental. Desde o dia 8 está em ação um plano de segurança chamado Metrópole Segura, a intensificação do policiamento ostensivo depois a onda de crimes como os assaltos, registrados entre janeiro e fevereiro. "As informações postadas em qualquer meio de comunicação ajudam o sistema de segurança pública a mapear onde existem ocorrências e adotar medidas para inibir esse tipo de ação. O que traz transtornos e prejuízos são as ocorrências fictícias. Os trotes virtuais prejudicam nosso trabalho. E é ruim para a população porque aumenta a sensação de insegurança. Em vez de um serviço, essas pessoas que usam a internet para dizer falsas ocorrências fazem um desserviço", opina o comandante da corporação, coronel Francisco Canindé de Araújo.

    A professora Ana Cecília Aragão ressalta que os boatos são informações especulativas, sem apuração. "A imprensa apura a notícia, só publica depois de checar a veracidade do fato, mas é um recorte da realidade, um espelho do real. As redes sociais são um 'outro olhar' das notícias, ampliam e rompem aquele modelo comunicacional tradicional do emissore do receptor. Elas geram pauta nas redações, mas é preciso observar como o fato será levado ao produto final. Ai se incluem fatores como interesses dos veículos, e outros tipos de interesses como o perfil editorial do jornal, a manipulação política da informação e a força dos anunciantes", cita como exemplos.

    Fenômeno duradouro


    Carlos Santos/DN/D.A Press
    As redes sociais são democráticas, diz a professora Ana Cecília Aragão, e quebram a relação de poder e visão de grupo das pessoas. Como qualquer um pode ter acesso, a estrutura do poder midiático se pulveriza com o excesso de notas, comentários e postagens sobre um mesmo fato, tanto nas redes sociais, mais imediatistas, quanto nos blogs, mais reflexivos. "Isso é duradouro e cada vez mais reforça o poder da internet, inclusive demonstrando a capacidade de mobilização entre as pessoas. Ao mesmo tempo, ela é ruim quando deixa transparecer a violência dos discursos. Quando se observa, por exemplo, um excesso de pessoas denegrindo a imagem de alguém como o ex-presidente Lula, ou o preconceito contra nordestinos. É uma violência que existe mas que não era vista. Violência pesada, psicológica".

    O excesso de visibilidade também tem outro viés: a superexposição da vida particular dos usuários das redes sociais. "É a publicização do privado. Algumas pessoas acham que estando na internet, estão na casa delas. Dizem o que querem, falam o que pensam. Não percebem que a internet é pública. Tudo que é dito ou escrito ali repercute publicamente", destaca a especialista.


    Fonte: Sérgio Henrique Santos DN

    domingo, 19 de fevereiro de 2012

    Domingo de carnaval em Pitangui é marcado pelo mela-mela

    Na praia de Pitangui, o que prevaleceu nesta tarde de domingo de carnaval foi a bagunça de rua. Os foliões se muniram de muita farinha de trigo, ovo e lama e se divertira num tradicional mela-mela.

    Em um dos mercadinhos de Pitangui, o comerciante Francisco Azedo informou já ter vendido 5O quilos de farinha de trigo e mais de 300 ovos nesta tarde.

    Da criança de 5 anos ao adulto de 50 anos, todos caíram na folia, animados pelo batuques de rua. A brincadeira tomou conta da via principal, sem hora para terminar. Na Redinha, a banda Última Hora anima os foliões na orla marítima.
    Adriano AbreuCarnaval de PitanguiCarnaval de Pitangui


    fonte:  Tribuna do norte

    sábado, 18 de fevereiro de 2012

    Destaques & Análises

    Japão concede visto diplomático a gay brasileiro casado com cônsul dos EUA
    Embora o Japão ainda não permita o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em um caso inédito no país, o governo concedeu ao brasileiro Emerson Kanegusuke, 39, o direito ao visto diplomático por ser casado oficialmente com o cônsul-geral dos Estados Unidos em Osaka-Kobe, Patrick Joseph Linehan, 59.

    Fábio Ishikawa/Arquivo Pessoal
    Com a entrada de Barack Obama no governo, em 2008, Washington passou a dar tratamento igual aos casais homoafetivos. Apesar de o país também não autorizar por lei o casamento gay – somente seis estados e o distrito de Columbia permitem este tipo de união –, o governo norte-americano passou a reconhecer oficialmente os parceiros de diplomatas como membro da família.
    "Por isso, quando fomos transferidos para cá, o Japão me admitiu como 'diplomata', conforme foi solicitado pelo governo dos Estados Unidos", contou o brasileiro à BBC Brasil. O casal chegou ao Japão em agosto do ano passado, vindo de um período na Coreia do Sul.
    Para o vereador Wataru Ishizaka – que junto de Taiga Ishikawa foram os primeiros políticos assumidamente gays eleitos em 2011 – este foi um importante passo no reconhecimento dos direitos dos homossexuais no Japão, pois o Ministério das Relações Exteriores mostrou que há espaço para um debate sobre o tema.
    "Mas é preciso lembrar que ainda somente familiares de diplomatas têm essa chance de obter o visto de permanência", disse ele à BBC Brasil.
    Ishizaka explicou que casais comuns ainda terão de esperar um tempo, pois primeiro é preciso aprovar legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país.
    "O grande problema seria o registro de estrangeiro, pois o Japão teria de mudar toda a lei local – inclusive para os japoneses – para poder aceitar a mudança de estado civil no documento."
    O governo brasileiro também segue os mesmos passos dos Estados Unidos e do Japão e, no ano passado, com base na manifestação do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu as uniões homoafetivas como estáveis, a Divisão do Pessoal do Itamaraty passou a aceitar pedidos de inclusão de companheiros homoafetivos como dependentes. Os primeiros requerimentos aceitos foram publicados em julho de 2011.

    Visibilidade

    De acordo com Patrick, o governo norte-americano apoia e encoraja os funcionários públicos a assumirem sua sexualidade.
    "A secretária (Hillary) Clinton disse que 'o direito dos gays é questão de direitos humanos' e tivemos grandes progressos em relação à igualdade de direitos, mas por causa da legislação federal ainda há limites", disse o diplomata.
    A parada gay de San Francisco (Foto: Reuters)
    Governo dos EUA dá tratamento igual para diplomatas, mas casamento gay é limitado no país
    Por isto, o casal não tem medo de se expor, mesmo no Japão. "Foram várias as ocasiões em que pessoas chegaram para nós e nos agradeceram porque viram ou ouviram nós sermos nós mesmos", contou Emerson.
    "Pessoas mais velhas e também jovens, muitos deles heterossexuais nos agradecem por apenas mostrarmos o que somos de fato."
    "Funcionários do governo nos recebem como um casal e nos tratam com a mesma cortesia que tratariam outros diplomatas. Já nos encontramos com prefeitos e governadores, empresários, acadêmicos e todo tipo de cidadão japonês. Sempre fomos bem recebidos", ressaltou o norte-americano.
    "Acho que as pessoas estão começando a aceitar a ideia de que um 'casal' pode ser dois homens ou duas mulheres", emendou.
    Emerson e Patrick já foram temas de reportagem em dois dos maiores jornais do Japão e também da TV local. Eles também foram destaque na Parada Gay de Osaka, no final de 2011, e devem participar da Parada do Orgulho Gay de Tóquio, em abril próximo.
    Para Emerson, um dos fatos mais marcantes foi quando o grupo de Mulheres Nipo-americanas da região de Kansai o convidou para ser o presidente honorário. Até então, tradicionalmente, essa posição era ocupada pela esposa do cônsul americano.
    "Recusei, mas continuaram insistindo. Elas, grande maioria senhoras acima dos 60 anos, disseram que o grupo – que existe há 35 anos – precisava se modernizar", contou o brasileiro. "Numa eleição, todas disseram que não faria diferença se o cargo de presidente fosse ocupado por uma mulher ou homem gay, e que o importante seria o caráter da pessoa."

    Ex-militar

    Emerson é filho de um descendente de japoneses com uma "típica brasileira" – "os ancestrais são uma grande mistura de europeus, índios e negros", conta. O brasileiro, que atualmente faz duplo mestrado, nasceu e cresceu na região do ABC, em São Paulo.
    Aos 16 anos, ele ingressou na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAer) e, aos 18, já era sargento da Força Aérea Brasileira (FAB). Morava em Pirassununga (SP) e tinha namorada. "Mas ainda assim não era feliz, faltava algo, por isso o namoro durou muito pouco tempo", lembra.
    "Sabia que tinha uma atração por homens, mas não entendia o porquê. Na força aérea o gay é classificado como pederasta e era crime assumir. Não tinha em quem me espelhar, eu não tinha exemplos a seguir, e além do mais corria o risco de ser preso."
    A reconhecida bandeira do movimento gay nas cores-do-arco íris (Foto: Getty)
    A reconhecida bandeira do movimento gay nas cores-do-arco íris
    Os Ministérios da Defesa e da Justiça do Brasil querem derrubar o artigo do Código Penal Militar, criado durante a ditadura militar, que pune a chamada "pederastia". Mas o tema ainda está em discussão.
    Em 1995, Emerson pediu desligamento da Força Aérea Brasileira e foi para o Japão trabalhar em fábrica, como decasségui. Em 2002, durante a Copa do Mundo de futebol, conheceu Patrick e, desde então, vivem juntos. Em 2007, eles oficializaram a união no Canadá.
    Emerson diz acreditar que o Brasil avançou nos direitos homoafetivos, mas muito ainda há que ser feito. "Fico desanimado quando vejo que o país que tem a maior festa gay do mundo é o mesmo em que se vê nos jornais quase todos os dias gays sendo agredidos e mortos, e nas novelas e programas de humor gays sendo ridicularizados", critica o brasileiro. "E isso não é um problema só dos gays, isto é um problema da sociedade inteira."

    No Brasil

    Desde dezembro de 2006, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) passou a incluir entre os beneficiários de plano de assistência à saúde suplementar "o companheiro ou companheira de união homoafetiva, comprovada a co-habitação por período igual ou superior a dois anos".
    A partir de então, a Divisão do Pessoal do Itamaraty começou a aceitar pedidos de inclusão de dependentes de diplomatas. Estes beneficiários eram incluídos nos assentamentos dos servidores para fins de assistência a saúde apenas.
    Em maio de 2010, o Itamaraty passou a autorizar também a concessão de passaporte diplomático ou de serviço, além de solicitar visto de permanência em favor de companheiros homoafetivos.
    Já em relação a diplomatas estrangeiros que servem no Brasil, o Itamaraty os credencia e concede os privilégios devidos, desde que respeitado o princípio da reciprocidade de tratamento pelo outro país.
    Dos países consultados, 37 até agora aceitaram conceder tratamento igual aos companheiros homoafetivos de diplomatas brasileiros servindo no exterior.


    Fonte: Ewerthon Tobace
    De Tóquio para a BBC Brasil





    MP apura falta de segurança na linha Ponta Negra/Parnamirim

    O Ministério Público resolveu apurar a falta de segurança aos passageiros da linha Ponta Negra/Parnamirim/Ponta Negra. A promotora Luciana Maria Maciel Cavalcanti Ferreira de Melo instaurou um inquérito civil com o objetivo de apurar a carência de transporte coletivo na linha, principalmente quanto a falta de segurança à vida e saúde dos usuários.

    Na portaria que instaura o inquérito, a promotora lembra que essa linha de transporte coletivo "é a única responsável pelo traslado dos cidadãos parnamirinenses para a praia de Ponta Negra,sendo esta a principal praia do litoral, onde se situam universidades, shoppings e diversos pontos de comércio e lazer, fazendo com que a demanda para a esta linha seja significativa e deva ser atendida com eficiência e de maneira segura".

    De acordo com Luciana Maciel, a situação da linha, no ano de 2007, era de risco para a saúde e vida de seus usuários, "visto que circulava com excesso de passageiros e de velocidade, além das manobras imprudentes realizadas por seus condutores e da conduta desrespeitosa empreendida por eles para com os passageiros".

    A promotora de Justiça pediu que Secretaria de Trânsito e Transporte de Parnamirim remeta, no prazo de 10 dias, as seguintes informações:

    1 - Quantos veículos compõe, atualmente, a linha Ponta Negra/Parnamirim/Ponta Negra e quantos percorriam esse trajeto no ano de 2007, bem como quais as empresas que executam o serviço;

    2 - Quais os horários e o itinerário desses veículos;

    3 - Acerca das carências deste transporte coletivo: ainda circulam com excesso de passageiros e de velocidade.



    Fonte: Fred Carvalho - Editor


    sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

    Supremo aprova Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012

    Por 7 votos a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (16) que a Lei da Ficha Limpa é constitucional e valerá a partir das eleições municipais deste ano. Com isso, não disputarão eleições por pelo menos oito anos vários políticos brasileiros que renunciaram ao cargo ou foram condenados por órgãos colegiados da Justiça. A decisão alcança casos anteriores à sua existência.
    Com a decisão, a Corte decidiu que os condenados em segunda instância da Justiça não podem disputar eleições apesar da possibilidade de serem inocentados posteriormente. Os defensores da ideia advogaram que impossibilidade de candidatura não é pena, e sim pré-requisito. Nesse grupo ficaram o relator, Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio de Mello.

    Entenda a lei da Ficha Limpa

    A Lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso e sancionada dia 4 de junho de 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impede, dentre outros dispositivos, a candidatura de políticos condenados por um colegiado da Justiça (mais de um juiz).

    Segundo a lei, fica inelegível, desde a condenação até oito anos após o cumprimento da pena, o político condenado por crimes eleitorais (compra de votos, fraude, falsificação de documento público), lavagem e ocultação de bens, improbidade administrativa, entre outros.


    Os críticos afirmaram que a Ficha Limpa anularia a presunção da inocência até o julgamento final. Nesse grupo, ficaram Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente da Corte, Cezar Peluso. Apesar da divergência, o clima no fim da sessão foi de celebração. "A lei é um avanço. Nossas diferenças são contingenciais", disse Peluso. "No fim da festa todo mundo fica bonito."

    Nesta quinta-feira (16), os ministros Marco Aurélio de Mello, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto se somaram a Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Cármen Lúcia na defesa do mecanismo que surgiu de uma iniciativa popular levada ao Congresso. Peluso, Celso de Mello e Gilmar Mendes divergiram do relator e se juntaram em grande parte aos argumentos de Dias Toffoli.

    O Supremo ainda terá de decidir se a inelegibilidade se dará a partir da condenação em órgão colegiado ou se apenas depois do julgamento final --nesse caso, o tempo de afastamento da vida pública superaria os oito anos em vários casos.

    Voto decisivo

    Sergio Lima/Folhapress
    Uma pessoa que desfila pela passarela quase inteira do Código Penal, ou da Lei de Improbidade Administrativa, pode se apresentar como candidato?
    Ministro Ayres Britto
    No voto decisivo, o ministro Ayres Britto afirmou que a Lei da Ficha Limpa "está em total compatibilidade" com preceitos constitucionais. Segundo ele, a Constituição brasileira deveria ser mais dura no combate à imoralidade e à improbidade. “Porque a nossa história não é boa. Muito pelo contrário, a nossa história é ruim”, disse. Para o vice-presidente da Corte, o mecanismo visa "mudar uma cultura perniciosa, deletéria, de maltrato, de malversação da coisa pública, para implantar no país o que se poderia chamar de qualidade de vida política, pela melhor seleção, pela melhor escolha dos candidatos, candidatos respeitáveis”.

    Crítico da aplicação da lei nas eleições de 2010, o ministro Marco Aurélio mudou de ideia e acompanhou a maioria vencedora, mas não admitiu a aplicação da lei para candidatos que seriam barrados por fatos acontecidos antes da aprovação da lei. "Vamos consertar o Brasil de forma prospectiva, não de forma retroativa", disse. O decano da Corte, ministro Celso de Mello, concordou.

    O ministro Lewandowski, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), repetiu que a exigência de moralidade na vida pública deve se sobrepor ao direito individual de ser considerado inocente até palavra final da Justiça. “Nós estamos diante de uma ponderação de valores, temos dois valores de natureza constitucional de mesmo nível”, disse.

    No primeiro julgamento da questão, por 6 a 5, o Supremo decidiu que a medida não era aplicável à votação de 2010 por ter sido sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva menos de um ano antes do pleito –o que é vedado pela legislação eleitoral. Desta vez, ao contrário do que ocorreu no início de 2011, Fux votou a favor da aplicação. Weber, que substituiu outra defensora da lei no primeiro julgamento, a ex-ministra Ellen Gracie, também deu seu apoio.

    O Supremo voltou a discutir o assunto após pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Os três processos que colocaram a vigência da lei em dúvida começaram a ser debatidos em novembro. O primeiro de dois pedidos de vista foi feito por Barbosa, sob a justificativa de que a Corte ainda estava desfalcada de um ministro após a saída de Ellen. Weber só tomou posse neste ano.

    A lei pesou sobre vários candidatos já nas eleições de 2010. O mecanismo prevê inelegibilidade para políticos condenados na Justiça, mesmo sem decisão final, e para os que renunciaram ao cargo para escaparem de cassações. Foram os casos do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) e dos senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e João Capiberibe (PSB-AP), entre outros.

    Histórico

    No voto mais esperado do julgamento, a ministra Rosa Weber afirmou que não há empecilho para que um candidato se torne inelegível antes de ser condenado de forma definitiva –exatamente conforme o mecanismo prevê. “A Lei da Ficha Limpa foi gestada no ventre moralizante da sociedade que está agora exigir dos poderes instituídos um basta”, afirmou. “Inelegibilidade não é pena. E aqui o foco é a proteção da legitimidade das eleições e da soberania popular.”

    Primeiro ministro a votar contra a iniciativa, Dias Toffoli afirmou que a Lei da Ficha Limpa tem a “pior redação legislativa dos últimos tempos”. Foi acompanhado por comentários de enfáticos Gilmar Mendes. “A Corte pode decidir contra a opinião popular. Se não faríamos plebiscito toda hora e alteraríamos a Constituição. A pena de morte seria aprovada. O modelo contramajoritário serve para defender o indivíduo de si mesmo”, disse.

    Em seu relatório, lido no ano passado, Fux considerou problemática a aplicação da lei para casos de renúncia com objetivo de evitar cassações, mas admitiu que condenações em órgãos colegiados servem para barrar candidaturas. Depois de pedir vistas, o ministro Joaquim Barbosa endossou o abandono de cargo como critério --esse voto e o do relator ainda dividem o apoio dos defensores da Lei da Ficha Limpa.

    Tanto os defensores do mecanismo como Toffoli concordaram em um ponto: a lei não fere o princípio da irretroabilidade --que proíbe imputar crime a fatos ocorridos antes da confecção de uma determinada lei. Divergiram nesse ponto os ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso.
    (Com Agência Brasil e Agência STF)


    Fonte: Maurício Savarese
    Do UOL, em Brasília

    quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

    Irritado com paralisia da Câmara, Romário se diz ‘puto’ e pede ‘alguma porra pra fazer’ em Brasília

    Josias de Souza


    Reaberta na semana passada, a Câmara federal encerra a segunda semana de “trabalho” sem votar nenhum projeto. A pauta é extensa. Mas um desacordo do bloco governista com a oposição e com parte de seus próprios aliados leva à paralisia. Gerente de polêmicas, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), preferiu encerrar a sessão desta quarta (8) sem testar os humores do plenário.
    Abespinhado, o deputado Romário (PSB-RJ) plugou-se à internet na madrugada desta quinta (9). Despejou sua irritação no twitter. Dirigindo-se à “galera” que o segue na web, disse estar “feliz e puto também”. Ele como que sugeriu um título para sua indignação: “Romário fica indignado com lentidão na Câmara.”
    Na ponta do lápis, a inatividade remunerada da Câmara dura dez dias. Mas Romário exagerou: “Tem 3 semanas que venho em Brasília para trabalhar e nada acontece. E olha que estamos em ano de eleição.”
    Autoconvertido numa espécie de zagueiro de tome de várzea, o ex-jogador foi à canela: “Espero que na minha próxima vinda a Brasília tenha alguma porra pra fazer. Ou será que o ano só vai começar depois do Carnaval?
    Sob o comando de Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder de Dilma Rousseff na Câmara, o pedaço do consórcio governista leal ao Planalto pretendia votar o projeto que cria o Funpresp, fundo de previdência complementar dos servidores públicos.
    Essa proposta foi guindada por Dilma à condição de prioridade. Porém, conforme noticiado aqui na véspera, os “aliados” PR e PDT decidiram desafiar a presidente. Associaram-se a uma ameaça de obstrução do PSDB.
    Vaccarezza recuou. Marco Maia cogitou levar a voto uma das quatro medidas provisórias que atulham a pauta de votações. O líder de Dilma se opôs. E nada foi votado. Nem mesmo um projeto previdenciário que parecia incontroverso.
    Trata-se da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) número 270. Tramita na Câmara desde 2008. Concede proventos integrais a trabalhadores aposentados por invalidez. Em dezembro do ano passado, fora aprovada em primeiro turno.
    Antes de ser enviada ao Senado, a proposta precisa ser confirmada numa segunda votação. Nessa matéria, impera o consenso. Mas nada de votação. Romário fez da língua um bico de chuteira.
    Chutou uma vez: “Não foi votada porque os parlamentares alegaram falta de tempo hábil para concluir se ela é positiva ou negativa para o povo.” Bicou de novo: “Têm quatro anos que essa PEC tramita na Casa e não tiveram tempo de decidir se é boa ou ruim?”
    Na zaga do twitter, o ex-artilheiro tratou também do tema que monopoliza as manchetes: a revolta dos policiais militares. Anotou: “A PEC 300 também não foi votada. Têm greves acontecendo, pessoas morrendo e lojas sendo saqueadas. Nós políticos somos culpados mesmo!”
    A PEC 300 é aquela proposta de emenda constitucional que cria um piso nacional para os salários de PMs e bombeiros. A Câmara aprovou-a primeiro turno. Deu-se em julho de 2010, a três meses da eleição presidencial. Desde então, o governo opera para que o segundo round da votação não ocorra.
    Romário desaprova os meios empregados pelos PMs em greve na Bahia, mas apoia os fins: “Claro que nada tem que ser levado para o lado da violência e muito menos da baderna, mas temos que resolver o problema dos policiais.”
    Alheio à alegação de insuficiência orçamentária, o deputado toma as dores dos PMs –“profissionais que têm família e dão a vida para garantir a nossa vida”— de olho em potenciais eleitores –“um policial carioca não pode ganhar menos de R$ 1 mil.”
    Afaga também os soldados de outras praças, adiantando o voto: “Os policiais de outros Estados também não podem ganhar menos do que tem direito. Antecipadamente, digo que vou votar a favor dos policias.”
    Como que receoso de tomar um cartão vermelho, perte de três da madrugada, Romário retirou-se de campo: “Vou parar por aqui pra não dar mais porrada. Boa noite! Valeu!”

    Ministério da Saúde manda tirar do site vídeo com cena homossexual

    Do G1, em Brasília

    Vídeo seria veiculado em campanha para uso de preservativos no carnaval.
    Segundo assessoria, cenas serão apresentadas só em ambientes fechados


    Vídeo mostra cena de afeto entre homossexuais e foi retirado do site (Foto: Reprodução)


    Vídeo mostra cena de afeto entre homossexuais
    e foi retirado do site (Foto: Reprodução)

    O Ministério da Saúde determinou que o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais retirasse da internet na sexta-feira (3) um vídeo com cenas de um casal de homens trocando carinhos. O vídeo, que faz parte de uma campanha para o uso de preservativos no carnaval, ficou um dia no site do departamento, conforme a assessoria de imprensa.
    O vídeo de 30 segundos mostra um casal gay abraço quando ambos percebem que estão sem preservativo. Uma fada aparece com uma camisinha e entrega ao casal. O slogan da campanha é: “Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha”.
    De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, o vídeo não foi feito para circulação em TV aberta e nem em internet, mas especificamente para ser exibido em locais fechados e específicos para o público gay, como festas e boates.

    “O vídeo não foi vetado, já estava no planejamento que ele iria para ambientes fechados. Acabou indo para o site do Departamento de AIDS por equívoco”, afirmou a assessoria.
    Segundo a assessoria, o produto faz parte de um plano de comunicação amplo desenvolvido pelo Ministério da Saúde para a campanha contra a AIDS que antecede o carnaval. O plano conta com ações como distribuição de folders e camisinhas, divulgação em redes sociais e exibição de vídeos institucionais na internet e na televisão. Conforme o ministério, o vídeo que será veiculado em TV aberta ainda não foi lançado.


    saiba mais

    Do G1, em São Paulo

    55% das pessoas são contra união estável gay, diz pesquisa do Ibope

    Levantamento aponta que 63% dos homens são contra decisão do STF.
    Entre as mulheres, 80% não se afastariam dos amigos homossexuais


     
     
    Manifestantes fazem abraço simbólico no prédio do STF (Foto: Nelson Jr. / STF)
    Manifestantes fazem abraço simbólico no prédio do
    STF (Foto: Nelson Jr. / STF)
    Mais da metade da população brasileira é contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a união estável para casais do mesmo sexo, de acordo com pesquisa nacional do Ibope, realizada entre os dias 14 e 18 de julho. De acordo com o levantamento, 55% dos brasileiros são contrários à decisão e 45% são favoráveis.
    O instituto informou ter feito 2.002 entrevistas domiciliares em 142 municípios do país, ouvindo pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

    Segundo o Ibope, as mulheres são as que menos se incomodam com o tema, seguidas dos mais jovens, dos mais escolarizados e das classes mais altas. A população do Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país é a que mais apresenta resistência sobre o assunto, 60% são contrários à decisão do STF. No Sudeste, o índice cai para 51%.
    Os dados apresentados pela pesquisa mostram que o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu cotidiano, como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais. Mas a população ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como a união estável ou o direto à adoção de crianças.
    O levantamento também aponta que 63% dos homens são contra a decisão do STF, enquanto apenas 48% das mulheres são da mesma opinião. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis. Já os maiores de 50 anos são majoritariamente contrários (73%). Entre as pessoas com formação até a quarta série do ensino fundamental, 68% são contrários. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida.
    Sobre a aprovação à adoção de crianças por casais do mesmo sexo, os resultados seguem a mesma tendência, segundo o instituto. A pesquisa aponta que 55% dos brasileiros se declaram contrários. Entre os homens, o indicador é mais alto, com 62% de opositores. O mesmo ocorre entre as pessoas com mais de 50 anos (70%). Entre os brasileiros com escolaridade até a quarta série do ensino fundamental, 67% são contra. Outros 60% se declaram contrários no Nordeste, 57% no Norte e no Centro-Oeste, 55% no Sul e 52% no Sudeste.
    Para 73% dos pesquisados, a revelação de que suas amizades são homossexuais não interferiria em nada no relacionamento. Outros 24% disseram que afastariam muito ou pouco e 2% não souberam responder. Embora com menor intensidade, o mesmo padrão de opinião nas respostas anteriores se repete no comparativo por faixa etária, nível de escolaridade, sexo e região do país.
    Entre as mulheres, 80% não se afastariam dos amigos homossexuais. Entre jovens de 16 a 24 anos, 81% não se afastariam e 85% das pessoas com nível superior de escolaridade também defendem que não haveria mudança na amizade. No Sudeste, 79% das pessoas disseram que não se afastariam. No Norte e Centro-Oeste, 72% têm a mesma opinião. No Sul, são 70% e, no Nordeste, 66%.
    Médicos, policiais e professores
    O instituto questionou a aceitação da população para homossexuais que trabalharem como médicos no serviço público, policiais ou professores de ensino fundamental. Apenas 14% se disseram total ou parcialmente contra trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores. A parcela dos brasileiros que são parcial ou totalmente favoráveis é de 84% para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores.
    O levantamento aponta ainda que há maior tolerância entre as pessoas cuja religião foi classificada na categoria “outras religiões”, onde 60% são favoráveis à decisão do STF. Entre os católicos e ateus ouvidos há divisão de opiniões, com 50% e 51% de aprovação, respectivamente. Entre os protestantes e evangélicos, 23% se dizem favoráveis à iniciativa do STF.

    domingo, 5 de fevereiro de 2012

    Planeta Bizarro


     Veja lista com caixões em formatos excêntricos


    Na Rússia, artesão criou peça no formato de garrafa de vodca.
    Lista traz também caixões como caçamba, vagão de trem e avião.

    Confira abaixo lista com caixões em formatos excêntricos. A maioria deles foi fabricada por uma empresa britânica, que expôs as peças em Londres, na Inglaterra. Há caixões nos formatos de caçamba de entulho, de vagão de trem, de avião, por exemplo. A lista também traz um caixão em forma de garrafa de vodca, que foi exibido no ano passado na Rússia.
    Caixão em formato de garrafa de Vodca foi exibido em outubro de 2011 em Moscou, na Rússia. A peça foi criada pelo artesão de origem ganesa Eric Agetei Anang. (Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP)Caixão em formato de garrafa de Vodca foi exibido em outubro de 2011 em Moscou, na Rússia. A peça foi criada pelo artesão de origem ganesa Eric Agetei Anang. (Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP)
    Em Londres, caixões no formato de caçamba, de vagão de trem e de guitarra fizeram parte de mostra. (Foto: Justin Tallis/AFP)Em Londres, exposição exibiu caixões nos formatos de caçamba, de vagão de trem e de guitarra. (Foto: Justin Tallis/AFP)
    Visitantes de exposição em Londres observam caixão no formato de sapatilha de balé. (Foto: Justin Tallis/AFP)Visitantes de exposição em Londres observam caixão no formato de sapatilha de balé. (Foto: Justin Tallis/AFP)
    Caixão em formato de avião fez parte de exposição em Londres. (Foto: Justin Tallis/AFP)Caixão em formato de avião fez parte de exposição em Londres. (Foto: Justin Tallis/AFP)
    Visitantes olham caixão em forma de saca-rolhas. (Foto: Justin Tallis/AFP)Visitantes olham caixão em forma de saca-rolhas. (Foto: Justin Tallis/AFP)
    Caixão em formato de caçamba de entulho. (Foto: Justin Tallis/AFP)Caixão em formato de caçamba de entulho. (Foto: Justin Tallis/AFP)
     
     
     
     
    Fonte: G1

    Tropa de choque da PF chega à Assembleia Legislativa da Bahia para retirar grevistas

    Heliana Frazão
    Do UOL Notícias, em Salvador
    O grupo de Operações Táticas da Polícia Federal iniciou no início da noite deste domingo (5) a ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia, onde os policiais grevistas estão concentrados desde o último dia 31, quando o movimento foi deflagrado. Cerca de 40 policiais da tropa especial iniciam as negociações para a desocupação pacífica do prédio.
    Foto  - 05.fev.2012 - Veículos blindados Urutu. do Exército, chegam a Salvador vindos do Recife Haroldo Abrantes/Secom
     
    A energia elétrica foi suspensa no local, e, além da saída dos grevistas, os policiais federais buscam cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça. O comando da operação solicitou aos PMs que não recebam os agentes com violência. Os PMs em greve estão na companhia de mulheres, crianças, amigos e familiares e somam cerca de 350 pessoas, segundo os organizadores do movimento.

    Desde o início da greve, uma onda de saques e assassinatos tomou conta da Bahia; mais de 80 pessoas foram mortas desde quarta-feira (1º), mais do que o dobro do registrado no mesmo período da semana anterior.
    Nesta tarde, o presidente da Casa Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), pediu ao general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia, que o local seja desocupado ainda neste domingo. A Justiça já decretou a ilegalidade do movimento há três dias e expediu 12 mandados de prisão, um deles foi cumprido nesta madrugada.
    O deputado disse que "os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça." Nilo falou ainda que o pedido partiu dele mesmo, e não do governador. Após ser comunicado, o general G. Dias convocou uma reunião com outros integrantes que reforçam a segurança na Bahia para avaliar o pedid
    Também neste domingo, mais 135 militares do Batalhão de Infantaria Paraquedista que saíram do Rio de Janeiro e 15 militares de Brasília chegaram em Salvador para reforçar a segurança na Bahia. Circulam ainda na cidade, segundo a Secretaria de Comunicação do governo do Estado, quatro veículos blindados Urutu, de Recife. Está previsto para hoje ainda o transporte de mais 150 homens do Exército Brasileiro da capital pernambucana para Salvador.

    100% de adesão em 32 cidades

    No sábado (5), a Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) informou que a adesão ao movimento é de 100% do efetivo em 32 dos 417 municípios baianos, incluindo algumas das principais cidades do Estado, entre elas Ilhéus, Itabuna, Jequié, Vitória da Conquista e Senhor do Bonfim.
    Policiais Integrantes do 20º Batalhão da Polícia Militar, do município de Paulo Afonso (a 484 km de Salvador), decidiram cruzar os braços sob a alegação de que o governo não vem cumprindo com algumas pendências. Na noite da sexta-feira, policiais da cidade de Barreiras (a 848 km da capital baiana) também aderiram ao movimento.

    Crimes federais

    Ainda ontem (sábado), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, por solicitação do governo do Estado, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já reservou vagas em presídios federais para encaminhar, se necessário, policiais que tenham cometido algum tipo de crime durante o movimento grevista.
    Cardozo se reuniu com o governador da Bahia, Jaques Wagner, e disse que todas as ocorrências criminosas serão tratadas como crimes federais. "Todos os crimes cometidos nesse período são qualificados como crimes federais e serão tratados como tais. Seremos muito firmes no cumprimento do nosso dever", disse Cardozo em entrevista na Base Aérea de Salvador.
    O ministro viajou à Bahia acompanhado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, e da secretária nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki. Cardozo considerou “inaceitável” a forma como os policiais estão conduzindo a greve. "O Estado de Direito não permite o abuso do próprio direito. Isso [a greve], da forma como está sendo tratado, é inaceitável."

    Carroceiro comete duplo homicídio em Parnamirim

    Um carroceiro assassinou dois moto-táxistas na madrugada deste sábado (5) em Parnamirim. Alexandre Paiva de Oliveira matou com facadas João Vicente e Alexandre Lucas de Lima, após uma discussão, na rua das Acácias, no bairro Aristófanes Fernandes. O crime ocorreu por volta de meia noite.

    Segundo relatos, João Vicente costumava apelidar Alexandre Paiva de "Chico bateu no bode". Após uma discussão, Alexandre esfaqueou João Vicente, de 67 anos, com uma peixeira. A segunda vítima, Alexandre Lucas, de 25 anos, foi tomar satisfação com Alexandre Paiva e também foi esfaqueado. As vítimas foram levadas ao hospital, mas não resistiram aos ferimentos. Alexandre Paiva foi preso em flagrante.