domingo, 25 de março de 2012

Polícia investiga ex-estudante da UnB

Marcelo Valle Mello, ex-estudante da UnB, mantinha um site que pregava o ódio a negros, homossexuais e judeus

A Polícia Federal investiga a ligação de um jovem acusado de planejar massacres a estudantes da UnB, com grupos neonazistas do Sul do país.

Marcelo Valle Mello, ex-estudante da universidade e morador de Brasília, foi preso essa semana em Curitiba.

Ele e um comparsa mantinham um site que pregava o ódio a negros, homossexuais e judeus, além da incitação ao abuso sexual de menores.

O portal fez diversas ameaças de morte, e a polícia acredita que parte delas poderia ser concretizada nos próximos dias.

Mapas de uma casa onde alunos da UnB costumam fazer festas foram encontrados com o rapaz.

Marcelo Mello também tinha cerca de R$ 500 mil, dinheiro depositado por seguidores do site e que, segundo a polícia, poderia ser usado para bancar o atentado.

O ex-aluno da UnB ficou conhecido em 2005 como a primeira pessoa condenada por crime racial no Brasil.

O site dele era alvo de pedidos de investigação da reitoria da Universidade de Brasília e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Segundo a Polícia Federal, foram registradas mais de 70.000 mil denúncias contra o portal
Motivacional: Homofóbico, vai lá...
Sem nenhum desrespeito...
Quero ver se tem coragem!
Projeto homofóbico
Câmara do Rio acaba de aprovar projeto que proíbe material anti-discriminação nas escolas.
por Redação MundoMais
O vereador Carlos Bolsonaro recebe aprovação de projeto homofóbico.O vereador Carlos Bolsonaro recebe aprovação de projeto homofóbico.
RIO DE JANEIRO - A Câmara do Rio aprovou, na tarde desta quinta-feira (22), o projeto lei 1082/2011 de autoria do vereador Carlos Bolsonaro (PP), que proîbe a distribuição de "qualquer tipo de material que contenha orientações sobre a prática da homoafetividade, de combate à homofobia, de direitos de homossexuais, da desconstrução da heteronormatividade ou qualquer assunto correlato".
O vereador em questão é filho do deputado federal Jair Bolsonaro e irmão de Flavio Bolsonaro, ambos do PP. A família é conhecida por sua obsessão contra a temática homossexual, contra a qual luta com projetos de motivação abertamente homofóbica, e costuma fazer declarações racistas e em favor da ditadura militar.
Carlos Tufvesson, coordenador da CEDS-Rio, teme os rumos da política carioca. O obscurantismo bate as portas do Rio, temos que estar alertas. O que diremos às famílias das pessoas que sofrem com o bulliyng?
O projeto segue agora para sanção do prefeito Eduardo Paes.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Chegando lá
Órgão para combater a homofobia é aprovado por unanimidade, em Araraquara.
por Redação MundoMais
Heloísa Gama fala durante a sessão.Heloísa Gama fala durante a sessão.
A Prefeitura de Araraquara vai criar, nos próximos dias, a Assessoria Especial de Políticas para a Diversidade Sexual. O projeto de lei foi aprovado nesta terça-feira (13) pelos vereadores da cidade, por unanimidade.
O ex-assessor de projetos no Orçamento Participativo, Paulo Tetti, será nomeado para coordenar o órgão, vinculado à Secretaria de Governo. A assessoria tem como objetivo desenvolver programas específicos de combate à discriminação e à violência homofóbica, protegendo a garantia dos direitos humanos.
Estiveram presentes na sessão a coordenadora de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, Heloisa Helena Cidrin Gama Alves, e a assistente técnica, Deborah Malheiros. Posso estar errada, mas não me lembro de nenhuma cidade no Estado que tenha um órgão semelhante, aprovado por projeto de lei no Legislativo. Araraquara está fazendo história, elogiou a coordenadora.
Pelas estimativas de Heloisa, 10% da população é GLBT, mas o número real só será descoberto com a divulgação do detalhamento do Censo de 2010. Pelo levantamento da coordenadora, apenas 10 dos 645 municípios paulistas têm assessorias especiais como a criada ontem.
Vai chegar o dia em que as cidades não precisem mais de assessorias ou órgãos que defendam a minoria, pois essas minorias serão maioria e a população como um todo aprenderá a se respeitar, completou a assistente técnica Déborah Malheiros.

Capítulo inédito

Paulete Furacão é a primeira transex a assumir cargo em governo da Bahia.

por Redação MundoMais
Transexual vai coordenar núcleo em Secretaria.Transexual vai coordenar núcleo em Secretaria.
Nesta quinta-feira, dia 15, a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH) empossou a transexual Paulete Furacão no cargo de coordenadora do Núcleo LGBT da Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da SJCDH. Ativista do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTT), por meio da ONG Associação Laleska de Caprid, de Amaralina, Paulete Furacão foi escolhida para representar as transexuais e travestis baianas e ajudar a diminuir o alto índice de violência que acomete esta comunidade no Estado.
Agressões e discriminação devem ser fortemente reprimidas. Os grupos historicamente discriminados devem ser seus próprios agentes de mudança. A nomeação de Paulette mostra o avanço dos direitos humanos nesse quesito, declarou o Secretário Almiro Sena durante a posse de Paulete.
Desde 1966, quando foi fundada, é a primeira vez que a Secretaria contrata uma pessoa transexual. A contratação de uma travesti também é inédita na história do governo da Bahia. Até hoje nunca houve uma oportunidade para uma travesti dentro de um órgão do governo na Bahia, principalmente para um cargo com tamanha importância. Uma das minhas primeiras missões é a criação de um campo de trabalho para trans e travestis, criando dessa maneira novas oportunidades de inclusão das minhas amigas e companheiras de lutas, explicou Paulete.
De acordo com a Secretaria, a funcionária também irá atuar com o objetivo de inserir os homossexuais e transexuais no mercado de trabalho.
A homofobia começa em casa, se estende à comunidade e vai se perpetuando na vida das pessoas. Eu peço a todos que trabalhemos em conjunto. É assim que vamos nos fortalecer: o pontapé inicial já foi dado, disse a coordenadora.

Bullying escolar

por Redação MundoMais
Direção do Onofre Pires disse que irá apurar o ocorrido.Direção do Onofre Pires disse que irá apurar o ocorrido.
RIO GRANDE DO SUL - A denuncia de agressão física e de bullying sofrida por um adolescente de 15 anos que diz ser gay, está chocando a comunidade santo-angelense e missioneira.
O assunto foi tornado público na manhã de quinta-feira (15) no programa Rádio Visão, da Super Rádio Santo Ângelo. A reportagem conversou com a diretora da Escola Estadual Onofre Pires, professora Rosane Pedrazza, onde ocorreu o fato, com o coordenador regional de Educação da 14ª CRE, Adelino Seibt, e com o pai do aluno que sofreu as agressões.
O fato aconteceu no final da aula de terça-feira (13), quando os estudantes já estavam na rua em frente à escola. O pai relatou que seu filho começou a sofrer bullying dentro da sala de aula, por vários colegas de turma e até por professores.
Na saída do colégio, o adolescente disse que foi enfrentado por colegas. Chegou a puxar um lápis da mochila para defender-se, porém recebeu uma rasteira, caindo ao chão, onde foi agredido com socos e pontapés.
A vítima relata que foi socorrida por populares e professores, além da própria diretora da escola. A professora Rosane Pedrazza encaminhou o aluno até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) onde foi registrado o boletim de ocorrência.
A delegada Elaine Maria da Silva, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, disse em entrevista que está abrindo inquérito para investigar o ocorrido.
Segundo ela, pelo relato feito pela vítima, o jovem acabou sofrendo os crimes de preconceito, discriminação e lesões corporais. A delegada Elaine da Silva, pretende nos próximos dias ouvir a direção da escola, os pais dos alunos envolvidos, os professores e os alunos da turma.
O coordenador regional da 14ª CRE, Adelino Seibt, na entrevista no programa de rádio, repudiou o fato e disse que a direção da escola está tomando todas as medidas cabíveis. Ele diz que as escolas públicas trabalham pela inclusão e respeito pela diversidade, para fazer com que todos se sintam bem na escola.
Conforme Adelino Seibt, entre as punições está a suspensão ou até mesmo a transferência do estudante para outra escola. Outra determinação que será adotada pela direção do colégio Onofre Pires, será uma reunião com todos os professores, enfocando os temas de diversidade, inclusão e bullying.
Esses temas também serão estendidos para as demais escolas da rede pública estadual de Santo Ângelo. O pai do aluno afirmou, durante reportagem, que o conflito começou há cerca de quinze dias, após um debate em sala de aula, onde seu filho mostrou-se favorável às ONGs que defendem os direitos LGBTs.
O colega não gostou da sua manifestação e passou a ameaçá-lo, inclusive com atritos durante o recreio. O agressor disse que não gostou do que seu filho tinha falado, e que na saída do colégio ia fazer acerto de contas, conta ele.
Ainda segundo o pai, na saída da sala de aula seu filho com medo pediu para uma professora da disciplina de física segurar ele um pouco mais no colégio, porque tinha um jovem querendo agredi-lo, o que foi ignorado pela docente.
Segundo ele, a família agora vai iniciar um tratamento psicológico com o menino que está traumatizado, e outra providência será sua transferência para uma escola particular. Ele espera que seja dada uma punição cabível ao aluno agressor, mas com tolerância, pois se trata de um jovem que precisa melhor compreender o respeito às diferenças.
Para encerrar o pai do jovem lamenta que nos dias de hoje ainda aconteçam fatos como esse, e observa que esse tipo de violência esteja aumentando, conforme estatísticas divulgas pela imprensa. Ele considera deplorável essa atitude e não entende porque as pessoas não sabem conviver com as diferenças.
Atenção!

Amanhã, dia 20 de março, será realizada uma reunião, com o objetivo de criar o conselho LGBTTTS( Conselho dos Gays,Lésbicas,Bissexuais,Transsexuais,Travestis,Transgeneros e simpatizantes) de Parnamirim.

Acontecerá no CCS centro de controle social em frente ao CADE, as 09:00h

Por um mundo sem preconceitos!

 
atenciosamente
 
Ricardo Miranda

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ação homofóbica


Jovem gay é espancado por um grupo, em terminal rodoviário de Salvador.
por Redação MundoMais
Vítima recebeu dez pontos na cabeça, após agressão.Vítima recebeu dez pontos na cabeça, após agressão.
A gente não consegue nem dormir direito pensando em tudo que aconteceu. O medo continua dentro da gente. O relato é do estudante Thyago Souza, 24, após ter sido agredido em uma estação de ônibus em Salvador, no último sábado (10). Ele e o namorado, 21, que não quis ser identificado porque a família não aceita sua orientação sexual, estavam abraçados e foram espancados por um grupo de seis homens armados com facas e um pedaço de madeira, quando chegavam à estação.
O rapaz ainda relata que os suspeitos gritavam insultos ao casal de homossexuais como: “Bate nesses viadinhos. Bate nesses gays mauricinhos”. As vítimas afirmam que no momento agressão a estação de ônibus estava cheia de passageiros, mas ninguém demonstrou intenção de ajudá-los. Não sei se as pessoas não fizeram nada porque eles estavam com armas ou se foi porque nós somos gays. Mas ninguém fez nada, afirmou um dos rapazes.
Por causa das agressões, o namorado de Thyago foi levado a um posto médico e teve de levar dez pontos na cabeça. Acredito que são grupos homofóbicos que fazem isso. A gente fica com medo de sair de casa. Precisamos de uma lei que possa nos proteger, disse o estudante na manhã desta terça-feira (13). O casal está junto há oito meses e pretende ir à 11ª Delegacia de Polícia, em Tancredo Neves, única onde conseguiram registrar queixa, somente na segunda-feira (12).
Brutalidade
Passamos por momentos terríveis de medo, pavor e desespero. Fomos perseguidos e espancados na Estação Pirajá. Meu amor teve a cabeça aberta por um objeto que eles o acertaram com tamanha brutalidade. Todos estavam com faca, postou o estudante em seu perfil no Facebook, após a agressão.
Os agressores ainda não foram identificados, e a polícia informou que o delegado pretende ouvir os ambulantes que trabalhavam no local na hora em que os dois rapazes foram agredidos. Se a Estação Pirajá possuir circuito interno de segurança, as imagens também serão requisitadas. As duas ações vão contribuir para as investigações, informou a polícia.
Quando forem identificados, os agressores responderão pelos crimes de lesão corporal e roubo, uma vez que a bolsa, com objetos pessoais de uma das vítimas, também foi roubada, disse o delegado.
Bahia em primeiro lugar
Para o fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), o antropólogo Luiz Mott, o caso é um exemplo do que a Bahia vivencia. A Bahia ocupa pelo sexto ano consecutivo o primeiro lugar no ranking dos assassinatos de homossexuais, disse. Segundo dados do GGB, em 2011 foram registrados 28 assassinatos de homossexuais. Nos três primeiros meses de 2012, já foram computadas 11 mortes violentas.
O caso foi registrado sem nenhuma referência à homofobia. Crescem assustadoramente as agressões. No Carnaval, dois militantes gays foram espancados perto de uma boate gay, afirmou Mott. Para o próximo dia 21 de março, está prevista uma manifestação na Praça da Piedade.
Vamos levar 33 cruzes com os nomes dos últimos 33 homossexuais assassinados para exigir que o governo inclua em suas políticas os homossexuais, disse Mott. Ao tomar conhecimento da situação dos dois jovens agredidos dentro da Estação Pirajá, a promotora Márcia Teixeira, do Ministério Público do Estado, se colocou à disposição do GGB para ajudar nas investigações.

sábado, 10 de março de 2012

Atenção!



Nesta quarta feira, dia 14, será realizada uma reunião, com o objetivo de criar o conselho LGBTTTS( Conselho dos Gays,Lésbicas,Bissexuais,Transsexuais,Travestis,Transgeneros e simpatizantes) de Parnamirim.

Acontecerá no CCS centro de controle social em frente ao CADE, as 09:00h




De fato, nossa religião e nossa cultura são fontes de inspiração e compaixão para com nossos companheiros. Não foi apenas aqueles que já justificaram a escravidão, que se inclinaram sobre a religião, mas também aqueles que buscaram aboli-la. E deixe-nos ter em mente que os nossos compromissos para proteger a liberdade de religião e de defender a dignidade de pessoas LGBT emanam de uma fonte comum. Para muitos de nós, a crença e a prática religiosa é uma fonte vital de significado e identidade, fundamental para quem nós somos como povo. Da mesma forma, para a maioria de nós, os laços familiares que forjamos também são fontes vitais de significado e identidade. Cuidar dos outros é uma expressão do que significa ser plenamente humano. É porque a experiência humana é universal que os direitos humanos são universais e transversais a todas as religiões e culturas.

Alcançar o entendimento dessa questão necessita mais do que o discurso, precisa de uma conversa. Na verdade, é nescessário conversas em lugares grandes e pequenos. É preciso haver uma vontade de mudar as crenças e diferenças como uma razão para começar a conversa e não para evitá-la.
 
 
 
 
 
 
 
Atenciosamente:
 
Ricardo Miranda

TJ decide reabrir processo que investiga Gilson Moura

O desembargador Expedito Ferreira, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN), determinou o desarquivamento do processo no qual o deputado Gilson Moura (PV) é investigado por movimentações financeiras suspeitas em novembro de 2010, dois dias após renunciar ao mandato parlamentar. Ele também deferiu a quebra do sigilo bancário do parlamentar. Na época, o pevista já havia garantido uma das vagas na Assembleia para a legislatura posterior, a ser iniciada em 2011. Edson Siqueira (PV), então suplente, foi convocado para assumir o cargo, o que fez com que o processo da Operação Impacto adquirisse o status de foro privilegiado e fosse encaminhado para apreciação dos desembargadores do TJ/RN. O Ministério Público sustenta desde o início a tese de que houve “negociação” entre os dois membros do Partido Verde.
Adriano AbreuDeputado Gilson Moura tem o sigilo bancário quebrado por decisão do Tribunal de JustiçaDeputado Gilson Moura tem o sigilo bancário quebrado por decisão do Tribunal de Justiça
Ao decidir pelo desarquivamento do feito, o desembargador Expedito Ferreira justificou a necessidade de investigar novos elementos levados à tona pelo MP. O principal deles foi a constatação, pelos promotores, de uma operação financeira realizada através de pessoa jurídica sediada na cidade de Manaus (AM). O representante da empresa, um familiar de Gilson Moura, não teria sido contundente ao prestar esclarecimentos sobre o montante, afirmando inclusive que as atividades da mesma haviam sido encerradas há cinco anos. Ele disse também que não sabia informações sobre a natureza da transferência financeira realizada.
Dando continuidade à investigação, o Ministério Público descobriu que, posteriormente, houve novo depósito, desta vez em dinheiro, no mesmo valor R$ 33 mil, para crédito na conta corrente do próprio parlamentar. Os promotores indicam ainda que o segundo depósito foi realizado em agência bancária localizada em Natal, especificamente, na rua Presidente Bandeira, 670, Alecrim (Agência do Banco Itaú n.º 1339), bem como que o representante da pessoa jurídica se encontrava em Natal na data da realização da operação.
O processo que pedia a quebra do sigilo bancário de Gilson Moura e Edson Siqueira havia sido arquivado em fevereiro de 2011 pelo Tribunal de Justiça sob o argumento de que haviam sido encerradas as diligências de interesse e o compartilhamento das informações em um outro procedimento de investigação criminal no âmbito da Procuradoria Geral de Justiça. Expedito Ferreira assinala, no entanto, que uma recente análise se mostra imprescindível. O processo deve se manter sob sigilo.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou ouvir ontem o deputado Gilson Moura mas ele não foi encontrado no gabinete, nem atendeu as ligações telefônicas.
MP apontou manobra no licenciamento do parlamentar
A renúncia de Gilson Moura e a posse de Edson Siqueira na Assembleia Legislativa, em 2010, foi considerada pelo Ministério Público como uma manobra e negociata com fim de prorrogar o andamento do processo da Operação Impacto. Na época, o procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, entregou pessoalmente uma Ação Cautelar visando impedir a posse do ex-vereador na Assembleia Legislativa.
O processo da Operação Impacto chegou ao TJ em maio de 2010, após o vereador Júlio Protásio, um dos 21 réus, ter sido alçado à condição de Secretário de Estado e conquistar o Foro Privilegiado. Enquanto esteve sob análise dos desembargadores a matéria não teve andamento porque praticamente todos, sucessivamente alegavam suspeição. O procurador-geral afirmava que era preciso investigar as suspeitas de que a renúncia do deputado Gilson Moura (PV) ao mandato fossem uma manobra para beneficiar Edson Siqueira com o foro privilegiado na Operação Impacto.
O procurador comentou ainda, na ocasião, que as medidas adotadas pelo Ministério Público eram alicerçadas por declarações do presidente de honra do PV, Rivaldo Fernandes, que disse entender como uma manobra a posição do deputado Gilson Moura de renunciar no final do mandato e também do deputado estadual Nélter Queiroz, que ingressou com denúncia junto ao MP para apurar o caso.
Também à época, a OAB se pronunciou apoiando a iniciativa do MP. “A Ordem está de acordo com pensamento do MP, pois entende que a renúncia injustificada é inaceitavel porque macula a imagem do Legislativo”, disse o presidente da OAB, Paulo Eduardo Teixeira.
Fonte:http://tribunadonorte.com.br/noticia/tj-decide-reabrir-processo-que-investiga-gilson-moura/214217

sexta-feira, 9 de março de 2012

Saúde

Avanços




A Teravac iniciará fase de testes ainda este ano, em Cuba.

Cuba iniciará neste ano estudos clínicos para testar em humanos uma vacina terapêutica contra o  vírus HIV

 A Teravac iniciará fase de testes ainda este ano, em Cuba.
A vacina, chamada Teravac-HIV-1, desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB, na sigla em espanhol), deve ser testada ainda neste ano em cerca de 30 cubanos soropositivos, disse a diretora de pesquisas clínicas da instituição estatal, Verena Muzio.
Ela explicou que serão envolvidos pacientes que ainda não desenvolveram os sintomas da Aids, embora tenham o vírus.
Desde 1986, a ilha registrou 15.284 casos de contaminação pelo HIV, numa população que hoje totaliza 11,2 milhões de habitantes. A prevalência do vírus é de 19 casos a cada 10 mil pessoas. Os soropositivos cubanos recebem gratuitamente tratamentos antirretrovirais produzidos localmente.
Os cientistas vinculados ao projeto alertaram contra qualquer excesso de expectativas com a vacina, esclarecendo que o projeto ainda está em sua primeira fase, e sua eficácia só poderá ser comprovada daqui a vários anos.
"Há muitos pesquisadores do mundo inteiro tentando obter vacinas desse tipo, e realmente não se chegou a nenhuma com resultados, digamos, satisfatórios... Nossa aspiração é que funcione, mas realmente falta muito tempo para poder demonstrar sua eficácia como produto", disse Muzi


 Fonte: Redação MundoMais




Para ONGs, relatório da ONU sobre tortura deve ser público

Organizações de defesa dos direitos humanos querem que o governo federal torne públicas as informações do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre tortura no Brasil, com base na recém-aprovada Lei de Acesso à Informação. A Conectas, a Justiça Global e a Pastoral Carcerária enviaram hoje cartas a três ministérios com a solicitação. As recomendações foram formuladas pelo Subcomitê para a Prevenção da Tortura (SPT) da ONU e enviadas oficialmente ao Brasil em 8 de fevereiro. O SPT visitou o Brasil em setembro de 2011 e teve contato com autoridades brasileiras e com representantes da sociedade civil.
O grupo visitou centros de detenção, prisões e unidades de internação para adolescentes em conflito com a lei, entre outros estabelecimentos correcionais. O monitoramento da situação da tortura e de maus-tratos em unidades de privação de liberdade é feito de acordo com o estabelecido pelo Protocolo Facultativo da Convenção da ONU contra a Tortura.
Segundo a diretora executiva da Justiça Global, Sandra Carvalho, o fato de o governo não ter divulgado o relatório não quer dizer que ele omita as informações. "Achamos que o governo demorou muito tempo para dar visibilidade às recomendações. Achamos muito importante, porque é algo preventivo", disse Sandra.
De acordo com o protocolo da ONU, as recomendações são comunicadas confidencialmente ao Estado, que pode decidir torná-las públicas. Países como as Maldívias, a Suécia, o Benim, Méxeico, Paraguai e Honduras publicaram as informações. Outros, como as Ilhas Maurício, o Camboja, o Líbano, a Bolívia, a Libéria e a Ucrânia optaram pela confidencialidade do documento. Na carta encaminhada aos ministérios, as organizações lembram que a Lei de Acesso à Informação estabelece um novo marco legislativo em que a transparência é a regra e o sigilo, a exceção.
Para o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José Filho, a lei reforça especificamente a publicação de documentos referentes à violações de direitos humanos. "A lei é clara neste sentido. Há muitos processos envolvendo agentes públicos que tramitam em segredo de Justiça. Com a lei, isso esses processos se tornam públicos."
O Itamaraty informou, por meio de sua assessoria, que há uma consulta com outros órgãos do governo para verificar se os documentos serão divulgados. A consulta pode demorar, mas o ministério não especificou quanto tempo. A Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça foram procurados, mas não deram retorno.


Fonte: terra

quinta-feira, 8 de março de 2012

Que mundo é esse?

Estudo revela que ao menos 76 países apresentam leis que criminalizam a homossexualidade.



A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, reivindicou uma mudança nas legislações que discriminam 'e tratam cidadãos como criminosos'.A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, reivindicou uma mudança nas legislações que discriminam 'e tratam cidadãos como criminosos'.
GENEBRA - A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, apresentou nesta quarta-feira um estudo sobre leis e práticas contrárias ao coletivo de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Segundo o relatório, ao menos 76 países têm leis que criminalizam explicitamente as relações homoafetivas, ou apresentam "vagas proibições que são aplicadas de forma discriminatória" contra estas pessoas.
Desde 2000, as leis que criminalizam atos homossexuais foram revogadas na Armênia, Azerbaijão, Bósnia-Herzegovina, Cabo Verde, Geórgia, Fiji, Índia, Ilhas Marshall, Nepal, Nicarágua, Panamá e Estados Unidos, assim como em territórios dependentes da Nova Zelândia e Reino Unido.
Apesar disso, atualmente em pelo menos cinco países é possível aplicar a pena de morte àqueles que forem declarados culpados de delitos de conduta homossexual.
A Comissão dos Direitos Humanos confirmou que o uso da pena de morte na punição de crimes não violentos, incluindo as relações sexuais entre pessoas adultas do mesmo sexo, "constitui uma violação da lei internacional sobre direitos humanos".
O relatório apresentado nesta quarta-feira (7) pela alta comissária, elaborado a partir de duas décadas do estudo de documentos reunidos pelos organismos de direitos humanos da ONU, conclui que existe um claro padrão de violência e discriminação contra os homossexuais.
Em seu discurso no Conselho de Direitos Humanos, Pillay afirmou que a violência contra este coletivo ocorre em todas as regiões e acrescentou que os incidentes mais comuns são os assassinatos seletivos, os ataques violentos, os atos de tortura e o estupro.
Na terça-feira, o Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh) do Chile anunciou que um jovem gay chileno está em coma após ter sido agredido no fim de semana passado por um grupo de neonazistas, que também deixaram várias marcas em seu corpo e arrancaram uma parte de sua orelha.
Diante desse tipo de situação, Pillay pediu aos governos que melhorem suas respostas para combater a homofobia e reivindicou uma mudança nas legislações que discriminam "e tratam cidadãos como criminosos" baseando-se em sua orientação sexual ou sua identidade de gênero.
A presidente do Conselho de Direitos Humanos, Laura Dupuy Lasserre, lembrou que a criminalização dos homossexuais "é uma violação das leis internacionais" e fez um apelo aos países-membros do órgão para que combatam estes atos.
"Precisamos de relatórios periódicos que verifiquem que os casos deste tipo de violações estão sendo tratados, e para que isso ocorra conto com este Conselho e com todas as pessoas conscientes

Mais uma do pastor

Silas Malafaia anuncia que apresentará programa especial com “denuncias graves contra a ditadura gay”.
por Redação MundoMais
Silas Malafaia:oposição à diversidade sexual.Silas Malafaia:oposição à diversidade sexual.
O pastor Silas Malafaia anunciou que dedicará uma edição do programa "Vitória em Cristo" para fazer denuncias ligadas ao ativismo gay, e ao que chamou de “ditadura gay”.
O líder evangélico tem sido um dos principais opositores dos projetos de lei e ações tomadas por ativistas gays, que visam punir pessoas que pensem e opinem de forma diferente dos anseios dessa parcela da população.
Segundo informações do site "Verdade Gospel", Malafaia classificou o programa como “imperdível” e disse que as informações que divulgará são extremamente importantes.
Dirigindo-se aos evangélicos e católicos, Malafaia afirmou que a “ditadura gay” quer fazer com que opositores a seus princípios sejam calados, e convocou os fiéis a divulgarem nas redes sociais a veiculação das denúncias em seu programa, que irá ao ar no dia 07/04. Será um programa esclarecedor tanto para os evangélicos como para os católicos praticantes. Querem a todo custo calar a voz do povo de Deus.
Silas Malafaia é alvo de uma ação do Ministério Público, que quer que o pastor conceda direito de resposta aos ativistas gays e se retrate com relação às suas declarações de protesto contra atitudes de participantes da Parada Gay, que segundo ele, teriam profanados símbolos católicos durante o evento. Na ocasião, Malafaia afirmou que a Igreja Católica deveria “entrar de pau em cima desses caras” e “baixar o porrete” em reação à manifestação durante a Parada Gay.

quarta-feira, 7 de março de 2012

mi de igreja e inocenta vice-cônsul

A Justiça do Rio Grande do Sul recebeu uma carta de uma mulher que se diz funcionária do governo português e que afirma ter pegado os R$ 2,5 milhões de reais que sumiram da Arquidiocese da Igreja Católica de Porto Alegre em dezembro de 2010. Ela também se mostrou disposta a devolver o que sobrou da quantia para inocentar o ex-vice-cônsul Adelino Vera Cruz Pinto, que, desde o sumiço do dinheiro, é acusado de estelionato e foi transformado em foragido internacional. O montante desapareceu após ser depositado na conta de Pinto, com objetivo de viabilizar uma suposta doação de recursos do governo luso para reformar paróquias no Rio Grande do Sul. As informações são do jornal Zero Hora.
Na carta, a mulher se apresenta como Teresa Maria Ferreira de Almeida Monteiro, que seria uma ex-namorada de Pinto e filha de um ex-diretor do Serviço Secreto de Portugal. Ela diz que recebeu "todo o dinheiro" repassado pelo ex-vice-cônsul e que Pinto foi vítima de uma "situação criada" por ela e uma amiga. A mulher disse que as duas teriam usado o dinheiro em cassinos. O promotor Fabiano Dallazen afirmou que avaliará a veracidade da carta. Ele disse que a mulher deverá ser interrogada e que pode ser denunciada por estelionato, mas que "isso não excluiu o Adelino (Pinto) porque o dinheiro foi depositado na conta dele". O ex-vice-cônsul, que diz estar em Portugal, declarou apenas que "tudo será esclarecido".








Fonte: Terra






segunda-feira, 5 de março de 2012

TRE libera lista de políticos com contas desaprovadas



Fonte: Anna Ruth Dantas - Repórter



O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte divulgou ontem lista com 91 políticos que tiveram contas desaprovadas no pleito de 2010. O documento ganha importância maior este ano porque resolução do Tribunal Superior Eleitoral, editada na semana passada, proíbe que aqueles com contas reprovadas no pleito anterior possam disputar a sucessão seguinte. No entanto, esse impedimento não é válido para aqueles que recorreram da decisão e não tiveram o processo ainda concluído. Entre os integrantes da lista da Corte Regional Eleitoral há muitos que já se colocaram como pré-candidatos ao pleito 2012, como é o caso da vereadora de Natal Sargento Regina (PDT), o presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Rosano Taveira (PRB), e o vereador de Mossoró, Genivan Vale (PR).

Também há lideranças do interior, como é o caso do ex-prefeito Pio X Fernandes (PSB) de Luiz Gomes, que estava cotado como pré-candidato a prefeito de Pau dos Ferros; o professor Flaviano Monteiro, pré-candidato a prefeito de Apodi. Também estão na lista da Corte candidatos ao Senado e ao Governo de 2010, como é o caso de Simone Dutra (PSTU) e Sávio Hackradt (PDT).

Advogado do deputado estadual George Soares (PR), que também está na lista do TRE, Vladimir Capistrano disse ontem que o parlamentar já recorreu da decisão do TRE e teve as contas aprovadas com ressalvas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Capistrano também defende o vereador de Mossoró Genivan Vale.

No caso dele, o embargo de declaração, nome técnico do recurso impetrado na Corte Regional, ainda não foi julgado. "No Direito Eleitoral os recursos não têm efeito suspensivo. Mas quando se trata de processo sobre prestação de contas há efeito suspensivo enquanto o recurso não é apreciado", explicou Vladimir Capistrano.

Procurada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE a vereadora Sargento Regina disse que recorreu da decisão do TRE e destacou que a desaprovação das contas se deu por "formalidades" e não por crime eleitoral. "Se tudo der certo e a gente conseguir resolver, beleza. Isso está com o jurídico agora", disse a vereadora.

Através da assessoria de imprensa, o vereador Taveira disse ontem que recorreu da decisão e que o processo está atualmente aguardando julgamento no TSE, em Brasília.

Resolução do TSE proíbe candidato 'conta suja'

Uma das novidades do pleito 2012 já indicada pelo Tribunal Superior Eleitoral é a obrigatoriedade de aprovação das contas eleitorais para a obtenção da certidão de quitação eleitoral e, em consequência, do próprio registro de candidatura. Em todo Brasil, são mais de 21 mil políticos com contas reprovadas do pleito eleitoral passado.

A resolução foi aprovada na semana passada pelo TSE, por um placar de 4 votos favoráveis e 3 contrários. Uma das defensoras da obrigatoriedade das contas aprovadas para disputar o pleito de 2012 foi a a ministra Nancy Andrighi. Ela defendeu a exigência não apenas da apresentação das contas, como ocorreu nas Eleições 2010, mas também da sua aprovação pela Justiça Eleitoral para fins de obter a certidão de quitação eleitoral.

A certidão de quitação eleitoral é documento necessário para obtenção do registro de candidatura, sem o qual o candidato não pode concorrer. De acordo com a ministra, não se pode considerar quite com a Justiça Eleitoral o candidato que tiver suas contas reprovadas.

"O candidato que foi negligente e não observou os ditames legais não pode ter o mesmo tratamento daquele zeloso que cumpriu com seus deveres. Assim, a aprovação das contas não pode ter a mesma consequência da desaprovação", disse Nancy Andrighi ao reafirmar que quem teve contas rejeitadas não está quite com a Justiça Eleitoral.

Essa resolução do TSE define ainda as regras para a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financeiros, abrangendo a prestação de contas da utilização desses valores.

Outra alteração inserida na resolução foi proposta pelo ministro Marco Aurélio em relação ao artigo 54. A redação anterior deste artigo previa que nenhum candidato poderia ser diplomado até que suas contas fossem julgadas. A alteração definiu que "a inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar".

domingo, 4 de março de 2012

para que serve os direitos o tal dos diretos humanos?

ImagePesquisa mostra que aproximadamente 72% dos homossexuais presentes à Parada do Orgulho GLBT de São Paulo em 2005 já foram vítimas de algum tipo de discriminação por conta de sua orientação sexual. Travestis e transexuais são as maiores vítimas de violência e marginalização.



PARADA GLBT

SÃO PAULO – Aproximadamente 72% dos homossexuais presentes à Parada do Orgulho GLBT (de Gays, Lésbicas, Bissexuais, e Transgêneros) de São Paulo já foram vítimas de algum tipo de discriminação por conta de sua orientação sexual, no ambiente familiar, de trabalho, entre amigos e vizinhos, no comércio, no sistema de saúde, na escola, faculdade ou em delegacias, entre outros locais. Além disso, pouco mais de 65% deles já sofreram agressões verbais, físicas ou sexuais pelo mesmo motivo. É o que revela a pesquisa “Política, Direitos, Violência e Homossexualidade”, que já vem sendo realizada desde 2003 no Rio de Janeiro, e de 2004 em Porto Alegre. Esse quadro de violência e preconceito mostra que não é à toa que foi justamente“Homofobia é crime!” o tema escolhido para a parada deste ano, que completou uma década de existência, levando às ruas da capital paulista cerca de 2,5 milhões de pessoas, no dia 17 de junho.

De acordo com o estudo, é por amigos e vizinhos que eles mais afirmam ter sido discriminados (34%). Depois, vêm os casos na escola ou na faculdade (32%), seguidos pelas situações de exclusão vividas no ambiente familiar, relatadas por quase um quarto dos entrevistados. Ou seja, é justamente nos convívios mais íntimos em que foram apontados mais casos de discriminação. Encontram-se nas duas últimas posições ambientes normalmente mais hostis, como o trabalho (16%) e os serviços de saúde (12%). “Uma possível interpretação é que exatamente dessas pessoas eles esperam maior apoio, por ser mais dolorido isso os marca tanto. A pesquisa depende da percepção e da memória dos entrevistados”, avalia a antropóloga Regina Facchini, vice-presidente da Associação da Parada GLBT de São Paulo (APOGLBT-SP) e uma das autoras do estudo.

É também nesses ambientes em que a orientação sexual é mais compartilhada, lembra Sérgio Carrara, coordenador do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (Clam), que organizou a pesquisa. “Os entrevistados são gays, lésbicas, travestis e transexuais com diferentes níveis de visibilidade. É nos círculos mais íntimos, onde eles se assumiram, em que isso ocorre. Sendo a orientação sexual menos visível, a possibilidade de discriminar é menor. Além disso, eles estão falando das relações mais significativas, afetivamente mais relevantes”, reforça Carrara.

A violência física já foi sofrida por 18% dos entrevistados, a maior parte dos casos em espaços públicos, e em 48% deles por autores desconhecidos. Em casa, aconteceram 17% das agressões. O padrão de gênero que marca os diferentes perfis de violência contra homens e mulheres em geral é reproduzido com gays e lésbicas. Analisando separadamente a situação das mulheres bissexuais e lésbicas, observa-se que a violência no ambiente doméstico cresce de forma considerável em comparação com homens bissexuais e homossexuais. Enquanto nos dois grupos femininos foram registradas taxas de 22% e 27%, respectivamente, nos masculinos ela é muito menor, atingindo 8% e 16%.

“Esse resultado está de acordo com o padrão de vitimização das mulheres em geral, que sofrem mais com a violência doméstica. Elas são homossexuais, mas também são mulheres. Além disso, é preciso levar em conta o significado das relações familiares para as mulheres. Elas são bem mais sensíveis à discriminação que ocorre em casa”, explica Carrara. Ao mesmo tempo, os homens costumam ser mais agredidos nas ruas do que no ambiente privado, já que normalmente estão mais expostos ao ambiente público. Isso mostra que a orientação sexual não altera a pressão social em relação ao gênero nem as desigualdades entre homens e mulheres.

Aproximadamente 60% dos entrevistados afirmaram já ter sido agredidos verbalmente ou ter recebido ameaças de agressão física. “Esses altos índices de pessoas que sofreram discriminação ou agressões verbais mostra que essas são experiências constitutivas da própria homossexualidade”, diz o coordenador do Clam.

AUSÊNCIA DE DENÚNCIA
Cerca de 40% dos entrevistados que disseram ter sofrido agressões não denunciaram nem relataram o fato a absolutamente ninguém. Dos que falaram sobre isso com alguém, 41% contaram apenas para amigos, aproximadamente 16% para familiares e apenas 14% chegaram a denunciar em delegacias ou para policiais. Isso mostra que muitos preferem vivenciar essa experiência de forma isolada e solitária a compartilhá-la com alguém. Existe, nesses casos, o temor de serem revitimizados por pessoas próximas ou por autoridades policiais, de serem agredidos novamente nas delegacias ou em casa e terem seu sofrimento aumentado. Isso porque existe uma aceitação no Brasil em relação a esse tipo de violência e discriminação.

Segundo Carrara, ainda não se discutiu no país se as agressões verbais são impróprias, como ocorreu em relação às agressões racistas, que acabaram sendo coibidas por lei. Nesse sentido, está em tramitação na Câmara dos Deputados, desde 2001, um projeto de lei da deputada Iara Bernardi (PT-SP), que criminaliza a homofobia e é bastante apoiado pelo movimento GLBT. “A aprovação desse projeto seria um passo importante, mas a lei não muda a realidade imediatamente, por isso não se pode ancorar todas as esperanças nela. Acredito, entretanto, que ela pode ter um impacto cultural importante a longo prazo, impondo limites éticos para as atitudes e comportamentos, colocando piadas homofóbicas e agressões como fora da lei”, avalia Carrara.

De acordo com a vice-presidente da Associação da Parada GLBT de São Paulo, existem muitas instituições sociais, com grande penetração na sociedade, que dão base à homofobia. “Os discursos religiosos fundamentalistas são um exemplo disso. Quando alguém prega dentro de uma igreja que a homossexualidade é uma aberração, isso dá suporte a esse tipo de violência e ensina a comunidade a aceitá-la”,diz Regina. Para ela, a lei seria importante para desnaturalizar essa violência, mostrando que, na verdade, constitui crime e violação de direitos humanos. No entanto, ela considera que as paradas do orgulho GLBT, que reúnem milhões de pessoas a cada ano, grande parte delas heterossexuais, são uma estratégia mais eficiente de conscientização e sensibilização em massa, para ampliar o campo social de apoio e à população GLBT e seus direitos.

TRANS SOFREM AINDA MAIS
Na comunidade GLBT, os que mais sofrem com a discriminação e a violência é o grupo dos transexuais e travestis, conhecidos como “trans”. Eles relatam o dobro ou mais de casos de marginalização por conta de sua orientação sexual no ambiente religioso, no comércio, no trabalho, nos serviços de saúde e em relação à atuação dos policiais. Enquanto cerca de 20% dos entrevistados em geral registraram suas histórias de exclusão no comércio, 18% quanto aos policiais e 23% no ambiente religioso, os trans apontam porcentagens bem mais altas, respectivamente, 47%, 45% e 47%. Além disso, eles são mais agredidos em espaços públicos (68%), os relatos de agressões verbais passam de 77% dos entrevistados e os casos de violência física são destacados por 54% deles. A violência sexual, denunciada por 14% do total dos entrevistados, chega a quase 24% entre transexuais e travestis.

“Os trans são os mais violados em seus direitos. Por trás disso, estão as normas da sociedade, que determinam que uma pessoa tem que ser homem ou mulher. Quando a vivência de alguém questiona essa divisão, como a de um travesti com pênis e seios, que vive com tranqüilidade essa ambigüidade, a violência passa a acontecer. Com os transexuais é a mesma coisa, já que não são claramente homens nem mulheres. Isso perturba a sociedade, o que volta em forma de violência e exclusão”,interpreta Regina.

“A pesquisa aponta que alguns grupos são mais vulneráveis à violência que outros. Os trans são mais atingidos pelos diferentes tipos de discriminação e violência física por conta de uma visibilidade maior de sua própria orientação sexual. Há também outras especificidades para serem levadas em conta. Os trans se encontram em uma situação de marginalidade grande em relação ao trabalho e à escolaridade, que se cruzam e potencializam a vitimização. As oportunidades de trabalho são muito reduzidas, por isso muitos deles trabalham nas ruas, como profissionais do sexo, em ambientes muito violentos. Assim, há um acúmulo de processos de marginalização que levam a essa situação”, avalia Carrara.

REDE TV! FORA DO AR
Por outro lado, a comunidade GLBT obteve uma vitória histórica em relação à homofobia. Em outubro de 2005, foi movida uma ação civil pública pelo Ministério Público Federal (MPF) e seis organizações da sociedade civil, contra uma série de violações de direitos humanos e estímulo à homofobia exibidas no quadro de pegadinhas do programa Tarde Quente, apresentado pelo humorista João Kleber, de segunda a sexta-feira. Entre as cenas enviadas à Justiça Federal pelo MPF estavam principalmente quadros em que os atores que representavam os homossexuais eram humilhados e terminavam punidos com socos e pontapés dos passantes. Depois de retirar a emissora do ar por mais de um dia, devido ao descumprimento de determinações judiciais de direito de resposta coletivo, a Rede TV! propôs um acordo com os autores da ação.

A emissora teve que pagar R$ 200 mil para produção de programas de contra-propaganda, veiculados no lugar do humorístico que ridicularizava e agredia homossexuais, entre outros grupos. Foram trinta edições do programa “Direitos de Resposta”, de dezembro a janeiro deste ano, produzidas pelas organizações que moveram a ação e pelo MPF, promovendo e defendendo os direitos humanos. A Rede TV! ainda teve que depositar R$ 400 mil no Fundo de Defesa de Direitos Difusos, pela violação dos direitos humanos e deseducação da população brasileira.

“A mensagem transmitida por esses programas que foram retirados do ar era de legitimização da violência física em relação aos homossexuais, isso sem falar na violência simbólica”,afirma o procurador regional dos Direitos do Cidadão no Estado de São Paulo, Sérgio Suiama, um dos responsáveis pela ação. “A TV é o único serviço público que alcança todos os municípios, superando até os Correios, e está presente em 90,3% dos domicílios brasileiros. Ela transmite apenas uma visão das coisas, que se consolida em preconceitos necessariamente, pois ela não tem o pluralismo de idéias necessário para formar uma convicção”, critica Suiama.

MP pedirá anulação de concurso público sob suspeita de fraude em Itati

 


Casa da vereadora autora das denúncias foi alvejada por tiros na última sexta


O Ministério Público Estadual (MP) vai ingressar com ação judicial pedindo a anulação do concurso público realizado no município de Itati, no Litoral Norte do Estado. A prova está sendo investigada sob suspeita de fraude. A informação é do promotor de justiça Reginaldo Freitas, de Santo Antônio da Patrulha. Segundo Freitas, também será solicitada a anulação das nomeações feitas a partir do concurso, realizado no final de 2011.

A autora das denúncias do suposto esquema, vereadora Roseli da Silva Santos, foi surpreendida no meio da noite dessa sexta-feira com disparos em direção a sua casa, no interior do município. Ela acredita que o atentado foi o mais contundente entre todas as ameaças que vem sofrendo desde que fez as denúncias, em fevereiro deste ano. Roseli dormia em casa com a filha e o irmão quando a residência foi alvejada por cinco disparos de pistola calibre 45, de uso restrito do Exército. "Realmente, essa noite eles vieram para me matar mesmo", disse.

O promotor Reginaldo Freitas conta que foi a partir de uma interceptação telefônica, onde o secretário da Administração de Itati e outro homem comentavam que tinham que dar um susto maior na vereadora, que o Ministério Público pediu a prisão do secretário, preso em fevereiro. O comissário de Polícia, Jurandir Quartieri, que atua nas investigações que apuram as fraudes no concurso público de Itati, diz que fez um relatório ao Ministério Público e sugeriu uma intervenção no município.

Ele revela que a Polícia Civil já temia pela vida da vereadora. "Sabemos da onde que partiu pelo menos a ordem, são pessoas que estão presas na Penitenciária Modulada de Osório, entre elas, também uma pessoa ligada ao secretário, que está segregada lá por nós. Prendemos ela com 30 petecas de cocaína", afirma Quartieri.

Passado o susto, a vereadora diz que não vai sair de casa e que confia na segurança e na justiça. "Tem muita gente revoltada por perder o seu emprego, porque foram colocados. E eles querem me calar, mas eu não vou calar", enfatiza a vereadora.

A reportagem tenta desde a manhã desse sábado conversar com a administração municipal de Itati, mas nem o prefeito, Luiz Carlos Machado, nem o vice, Gilvan Neubart, foram localizados.




Fonte: Janine Souza / Rádio Guaíba

 

vc repórter: Mardi Gras 2012 reúne milhares de gays em Sydney

Roupas ousadas e fantasias se destacam na Mardi Gras 2012. Foto: Pedro Figueiredo Xavier/vc repórterRoupas ousadas e fantasias se destacam na Mardi Gras 2012
Foto: Pedro Figueiredo Xavier/vc repórter
 
A cidade de Sydney, na Austrália, mais precisamente a Oxford Street, teve um sábado bem agitado. O Mardi Gras 2012, festa direcionada ao público gay que acontece anualmente, recebeu milhares de fãs. O evento contou com a presença das cantoras australianas Kylie Minogue e Conni Mitchell, entre outras atrações.
O Mardi Gras 2012 foi transmitido via internet para cerca de 300 mil espectadores, que puderam assistir a três horas de show.
O evento, uma das festas mais populares da Austrália, é considerado uma espécie de carnaval pelos frequentadores, já que conta com a presença de carros alegóricos e milhares de pessoas fantasiadas. O desfile tem como objetico aumentar a visibilidade do público gay.
Além de celebridades do mundo da música, alguns políticos também estiverem na Mardi Gras 2012, entre eles a prefeita da cidade Clover Moore, que apóia o evento desde 1986.
As celebrações surgiram na década de 80 durante manifestações feitas em prol dos direitos gays.

Fonte:O internauta Pedro Figueiredo Xavier, de Sidney (Austrália), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Tiririca se intitula o ‘prefeito do povão’



Deputado mais votado do país já é saudado como “prefeito” nos corredores da Câmara; Jaqueline Roriz é uma das “eleitoras”





Tiririca
Tiririca se entusiasma com a ideia de disputar a prefeitura de São Paulo pelo PR - Laycer Tomaz/Câmara

Saudado como “prefeito” por colegas de Câmara, o deputado Tiririca (PR-SP) já se coloca como uma realidade na disputa eleitoral de São Paulo. A depender do entusiasmo com que tem sido cumprimentado no plenário da Casa, o sucesso nas urnas obtido nas eleições de 2010 (1,3 milhão de votos, recorde histórico) já é considerado nos bastidores. Com direito a slogan adequado ao caráter popularesco da candidatura, possibilidade lançada nesta semana pelo PR.
“‘Prefeito do povão’. O slogan é esse mesmo”, entusiasmou-se Tiririca, depois de ser parado pela deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) com um tratamento peculiar. “Prefeito!”, disse a parlamentar, recentemente acusada de receber propina no esquema de corrupção no GDF desvendado pela Polícia Federal – fato que foi perdoado em plenário pelos pares, em 30 de agosto passado, em votação secreta sobre pedido de cassação de seu mandato.
Depois do cumprimento, Jaqueline recebeu um caloroso abraço do extra-oficial candidato Tiririca. Depois de alguns gracejos, o também humorista da TV Record passou a ser cumprimentado por assessores da deputada – foi quando um deles citou o slogan confirmado pelo parlamentar do PR – legenda que agora se porta como independente em relação ao governo Dilma Rousseff, tendo iniciado a legislatura como membro da base aliada com direito a ministério – Alfredo Nascimento (PR-AM) deixou a pasta em julho de 2011, em meio a acusações de corrupção.
Aproveitando a deixa, o Congresso em Foco conversou por alguns instantes com o deputado Tiririca, que disse não considerar impossível impor derrota a nomes como José Serra, pré-candidato do PSDB, e Fernando Haddad, o nome do PT para a corrida eleitoral. Afinal, lembra, recebeu 1,3 milhão de votos em outubro de 2010. Antes de adentrar o cafezinho do plenário, o parlamentar disse que a decisão não é dele.
“Vamos ver. O povo é que, na verdade, vai decidir isso. Mas, se acontecer [a indicação dele pelo PR], vamos bater de frente nisso aí”, disse Tiririca, confessando que a disputa, menos dois anos depois de ter sido eleito como o deputado mais votado da história, não estava em seus planos. Afinal, durante a campanha ele mesmo disse que ainda precisava aprender o que faz um deputado, para então informar aos seus eleitores. Com uma eventual empreitada para a Prefeitura de São Paulo, Tiririca ainda teria de aprender o que faz um prefeito, mesmo sem ter tido tempo suficiente para apredender o ofício parlamentar (“Ainda não tenho o que dizer ao povo”, admitiu o deputado na semana passada, depois de deixar o plenário).
“Como deputado, eu não queria isso, não. Mas, se ficar decidido, e o povo quiser… O povo é que vai dizer”, acrescentou, repetitivo e reticente, dizendo-se também “muito feliz” e prestigiado pela hipótese da candidatura.



Fonte: por Fábio Góis uol.com